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França ultrapassa 100 mil mortes pela Covid-19; segunda onda mata o dobro de infectados

França superou nesta quinta-feira (15) o pesado balanço de 100 mil mortos desde o início da epidemia de Covid-19, em meio à terceira onda da infecção viral. Ao mesmo tempo em que as autoridades sanitárias anunciavam 38.045 casos positivos adicionais da doença em 24 horas

França registra uma alta de novos casos de Covid-19, mas também um aumento no número de pessoas em reanimação nos hospitais (Foto: REUTERS - ERIC GAILLARD)
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Da RFI - Com 300 novas mortes registradas nos hospitais, a França se tornou o segundo país da Europa com o maior número de vítimas do coronavírus, atrás do Reino Unido (127 mil mortes) e da Itália (115 mil). A variante britânica do vírus, mais contagiosa e responsável pela manutenção das infecções num nível elevado, se propaga de forma desigual no território. O norte e o leste do país são os mais afetados, apesar do lockdown em vigor há várias semanas.

Apesar da violência da primeira onda – quase 30 mil mortes entre meados de março e meados de maio de 2020 –, a grande maioria dos óbitos ocorreu desde o final de outubro, cerca de 65 mil, em consequência da segunda onda que nunca arrefeceu. 

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Com mais de 5.900 pacientes em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), o maior desde a primavera de 2020, "a terceira onda não ficou para trás", alertou Gabriel Attal, o porta-voz do governo. O pico das hospitalizações deve ser atingido entre 25 e 30 de abril, segundo projeções de epidemiologistas.

A oposição atribui a duração da crise a medidas tardias do Executivo, que havia descartado o confinamento estrito no final de janeiro, conforme recomendava o conselho científico que assessora o presidente Emmanuel Macron em suas decisões. A oposição critica a "leveza insuportável" com que o presidente aguardou até o último momento, no final de março, para decretar um lockdown nacional, incluindo o fechamento das escolas, até o fim de abril. 

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Reabertura de restaurantes e museus 

No final da tarde desta quinta-feira, Macron reuniu no Palácio do Eliseu quinze prefeitos para explicar de que maneira o governo planeja reabrir parte dos estabelecimentos fechados há cinco meses em meados de maio. Em seguida, o presidente discutiu as modalidades de reabertura por videoconferência com dez ministros.

Embora haja grande expectativa em relação a esse calendário, a reabertura irá ocorrer em etapas, a cada três semanas, e com algumas condições. O governo ainda estuda se vai exigir um passaporte vacinal ou teste negativo de PCR na forma de QR, que seria exigido de clientes e frequentadores na entrada dos estabelecimentos.

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Em relação às escolas, Macron reafirmou a intenção de retomar as aulas no dia 26 de abril.

Até lá, os obstáculos no caminho ainda serão numerosos. Esta semana, o governo suspendeu às pressas as ligações aéreas com o Brasil, pelo menos até o dia 19 de abril, devido a preocupações com a variante P1, considerada mais perigosa, mas ainda insignificante no território francês – 0,5% dos casos.

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Reforço de controle em passageiros provenientes da Guiana Francesa

Por outro lado, os passageiros provenientes da Guiana Francesa, onde a variante brasileira já representa 84% das contaminações, terão de se submeter a dois testes anticovid, um antes do embarque em Caiena, com no máximo 72 horas de validade, e um segundo (antigênico) na chegada ao aeroporto de Orly, na região parisiense.

Os hospitais no território ultramarino francês acabam de acionar o "plano branco" de mobilização dos profissionais da saúde, adiando procedimentos não urgentes e prevendo um afluxo maciço de pacientes nos próximos dias.

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Há vários meses, as autoridades francesas reforçaram as operações policiais no rio Oiapoque para evitar a entrada de brasileiros nos 730 quilômetros de fronteira que a França tem com o estado do Amapá. Apesar dos esforços, o policiamento no local sempre teve falhas por se tratar de uma área de floresta, propícia aos esconderijos de garimpeiros e pescadores clandestinos. 

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