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Golpe paraguaio foi armado, diz Dirceu

Ex-ministro da Casa Civil sugere que massacre que deixou 11 camponeses mortos em junho desse ano foi desculpa para golpe contra o presidente Fernando Lugo; relatório divulgado nesta semana aponta a polícia como culpada

Golpe paraguaio foi armado, diz Dirceu (Foto: Divulgação)
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247 – O massacre de camponeses ocorrido em 15 de junho deste ano, no norte do Paraguai, ganhou uma nova versão nesta semana. Um relatório divulgado por organizações de direitos humanos de diversos países aponta a polícia como responsável pela morte de 11 sem-terra e sete soldados. Num post em seu blog, publicado neste sábado, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu sugere que a violência, principal fator para o impeachment do presidente Fernando Lugo, foi uma armação e, portanto, uma desculpa para o golpe contra o líder.

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Policiais foram responsáveis por massacre no Paraguai

Acaba de vir à tona mais uma informação importante e reveladora sobre a trama encenada pela direita paraguaia e que resultou na deposição, em processo relâmpago, de Fernando Lugo, presidente legitimamente eleito pelo povo paraguaio, em 22 de junho último.

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Uma Missão Internacional de Solidariedade e Direitos Humanos divulgou nesta semana (11.09) um relatório preliminar em que se conclui que foram os policiais e não os camponeses os responsáveis pelo massacre de Curuguaty, no nordeste do país, ocorrido em 15 de junho, uma semana antes do impeachment relâmpago do presidente Fernando Lugo.

A partir de entrevistas com testemunhas, familiares e vítimas, o grupo formado por organizações de camponeses e entidades de direitos humanos de vários países concluiu que os trabalhadores sem-terra foram cercados pela polícia em duas frentes e que muitos foram executados.

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Cerca de 18 pessoas foram mortas - 11 sem terras e 7 policiais – durante a tentativa da polícia de desalojar os camponeses de uma propriedade de 2 mil hectares, apropriada irregularmente por Blas Riquelme, empresário e político da ditadura.

Considerada a mais grave tragédia desde o fim da ditadura no país, o massacre de Curuguaty foi utilizado a torto e a direito pela oposição e, sobretudo, pelo Partido Colorado, para culpabilizar Lugo. Foi o principal pretexto para a abertura do processo contra o presidente no Congresso.

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Tragédia (ou armação?), como desculpa para o golpe

À época, as autoridades paraguaias atribuíram a responsabilidade das mortes aos camponeses e, por consequência, ao presidente Lugo. Agora, o relatório contesta a conclusão das autoridades governamentais e culpa os policiais.

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Na versão oficial, os camponeses teriam organizado uma emboscada aos policiais e iniciado os disparos contra eles. Mas, o relatório da Missão Internacional indica "que 54 pessoas foram acusadas arbitrariamente por sete delitos penais (homicídio doloso, tentativa de homicídio, grave lesão, associação criminal, coação grave, coação e invasão) já que se carece de indícios minimamente suficientes".

A Justiça paraguaia, informa o documento, chegou ao ponto de prender lideranças que nem estavam presentes no dia do massacre (15 de junho). Além disso, "numerosos depoimentos coincidem que houve execuções, perseguições, ameaças de morte, torturas físicas e psicológicas e desatenção médica aos camponeses atingidos, imediatamente depois e nos dias seguintes do 15 de junho", aponta o documento.

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