Governo de Hong Kong acusa EUA de 'dois pesos e duas medidas' na reação a protestos
A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, acusou os Estados Unidos de "dois pesos e duas medidas" em sua resposta aos protestos e alertou que as restrições dos EUA à região autônoma especial, pertencente à China, afetarão "seus próprios interesses"
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - "Vimos claramente nas últimas duas semanas o duplo padrão aplicado", pelos Estados Unidos, disse Carrie Lam, chefe do Executivo de Hong Kong, em coletiva de imprensa.
"Vocês sabem que existem tumultos nos Estados Unidos e vemos como os governos locais reagiram. E, então, em Hong Kong, quando temos tumultos similares, vemos a posição que eles adotam", criticou Carrie Lam, segundo a AFP.
Hong Kong faz parte da República Popular da China, mediante o princípio "um país, dois sistemas", desde que foi devolvida pela Grã Bretanha em 1997. Hoje Hong Kong desfruta do status de Região Autônoma Especial
Os Estados Unidos lideram as críticas internacionais contra a China por ter adotado uma legislação de segurança nacional para Hong Kong. Seguindo o princípio de "um país, dois sistemas", Hong Kong se beneficia de ampla autonomia. A Lei Fundamental de Hong Kong, um texto que serve como uma miniconstituição, previa a aprovação dessa lei de segurança.
"Nada pode justificar um governo, uma economia que impõe sanções a Hong Kong em resposta a um processo do governo central totalmente legítimo, das autoridades centrais que tomaram a decisão de promulgar leis para que Hong Kong proteja melhor a segurança nacional", insistiu Carrie Lam.
"Eles prejudicarão seus próprios interesses em Hong Kong", acrescentou, referindo-se às ameaças dos EUA de restringir os privilégios comerciais de Hong Kong.
Lam lembrou que há 1.300 empresas americanas em Hong Kong e que elas geram um superávit comercial maior para os Estados Unidos do que qualquer outro território.
Carrie Lam afirmou ainda que Hong Kong permite que os americanos entrem sem visto, mas que o mesmo não acontece na outra direção. Lam não disse, porém, se essa disposição poderá ser reavaliada em caso de sanções dos EUA.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse no mês passado que a China não está dando ao território seu "alto grau de autonomia", como havia prometido no acordo sino-britânico assinado antes da retrocessão.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: