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Grillo não apoia ninguém e amplia crise italiana

O líder populista Beppe Grillo fechou a porta para sondagens feitas do chefe da centro-esquerda Pier Luigi Bersani com uma torrente de insultos, dificultando ainda mais a formação de uma coalizão no país

Grillo não apoia ninguém e amplia crise italiana (Foto: STEFANO RELLANDINI)
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Por Barry Moody

ROMA, 27 Fev (Reuters) - Uma crise política italiana que agitou a zona do euro se aprofundou nesta quarta-feira, quando dois líderes partidários descartaram as opções mais prováveis de formar um governo e evitar uma nova eleição.

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O líder populista Beppe Grillo fechou a porta para sondagens feitas do chefe da centro-esquerda Pier Luigi Bersani com uma torrente de insultos, enquanto Nichi Vendola, o parceiro da coalizão júnior de Bersani, descartou uma aliança de governo com a centro-direita.

Essas duas opções são vistas atualmente como a única maneira de evitar a volta às urnas imediatamente depois da eleição de 24 e 25 de fevereiro, no qual um enorme voto de protesto contra políticos tradicionais e políticas de austeridade mergulhou a Itália num impasse.

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A perspectiva de uma incerteza prolongada na terceira maior economia da zona do euro provocou quedas pronunciadas nos mercados mundiais logo depois do resultado eleitoral, mas eles se acalmaram nesta quarta-feira depois de uma sólida demanda pela dívida do governo italiano em um leilão, com títulos europeus, ações e euro mais reforçados.

A centro-esquerda ficou com a maioria das cadeiras na eleição, mas nenhum grupo tem uma maioria para governar.

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O Movimento 5 Estrelas de Grillo bloqueou o controle do Parlamento pela centro-esquerda, depois de uma das maiores vitórias populistas na história europeia recente.

Bersani anunciou propostas cautelosas para Grillo na terça-feira, sugerindo que poderia haver acordo em uma lista curta de medidas comuns a ambos os lados.

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Mas ele disse que os que apoiavam um governo de centro-esquerda teriam que apoiá-lo em um voto de confiança, que seria vital antes que ele fosse instalado.

"CONDENADO FALANDO"

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Grillo respondeu em seu blog descrevendo Bersani como um "condenado falando" e um perseguidor político, acusando-o de fazer "propostas indecentes" e pedindo que renunciasse. A centro-esquerda ficou bem abaixo da maioria que as pesquisas de opinião previam.

Grillo disse que o 5 Estrelas não faria um voto de confiança para a centro-esquerda ou qualquer pessoa, mas apoiaria leis que refletissem seu próprio programa de abolir uma lei eleitoral desprezada, cortar os privilégios de uma classe política desacreditada e remover financiamento público dos partidos.

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Com Grillo se recusando a apoiar um governo de centro-esquerda, a outra única opção sobre a mesa parece ser uma aliança entre Bersani e a centro-direita de Silvio Berlusconi.

Mesmo essa opção recuou nesta quarta-feira, depois que Vendola, líder do esquerdista partido SEL, descartou-a em uma declaração após se reunir com Bersani.

Vendola disse esperar que Grillo também não quisesse uma aliança esquerda-direita e pediu um governo que desse ao país um "choque elétrico", uma possível nova tentativa de ganhar apoio do comediante genovês para a centro-esquerda.

O secretário do partido Povo da Liberdade de Berlusconi, Angelino Alfano, reagiu com fúria na terça-feira aos relatos de que Bersani estava buscando formar uma aliança com Grillo, refletindo a preocupação da centro-direita em ser afastada do poder.

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