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Grupo de Puebla repudia decisão de tornar ilegal o partido de Rafael Correa

O partido equatoriano Força para o Compromisso Social foi posto na ilegalidade, o que leva o sistema político do Equador ao caminho da arbitrariedade, opina o Grupo de Puebla

Rafael Correa (Foto: AIZAR RALDES)

247 - O Grupo de Puebla denunciou e rejeitou nesta segunda-feira (20) a decisão adotada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador de eliminar o registro eleitoral do partido Força de Compromisso Social, que inclui membros do movimento Revolução Cidadã liderado pelo ex-presidente Rafael Correa.

Em nota, o Grupo de Puebla defende que "essa decisão foi resultado de pressão indevida e inconstitucional". 

O comunicado acrescenta que a chamada Controladoria, que pressionou para a decisão ser tomada "não tem função eleitoral e obedece às instruções do presidente Lenín Moreno".

Para o Grupo de Puebla, "esse ato de parcialidade política põe em causa a legitimidade das próximas eleições de 7 de fevereiro de 2021 no Equador e estabelece um sério precedente regional ao permitir, por meio da proscrição eleitoral da oposição, ser alterada, com antecedência, a expressão legítima da vontade popular, a essência da democracia".

O Grupo "faz um chamado cordial, mas enérgico, aos membros do Conselho Nacional Eleitoral - para reconsiderar, ao decidir sobre o recurso, a decisão que eles tomaram".

Com isso, eles evitariam "levar o Equador ao caminho da arbitrariedade típica das ditaduras militares de lembrança desagradável", diz a nota do Grupo de Puebla. 

"Conseqüentemente, alertamos a comunidade internacional sobre o grave perigo que essa situação representa no difícil caminho de hoje para manter a continuidade democrática no hemisfério", conclui a declaração, assinada por personalidades como Ernesto Samper, Celso Amorim, Fernando Lugo, Iván Cepeda, Karol Cariola e David Choquehuanca, informa a Telesul.