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Guaidó chega ao fim, seis meses depois de autoproclamação, diz analista

Meio ano após se autoproclamar "presidente em exercício" da Venezuela, Juan Guaidó surge "muito debilitado". Falta de apoio militar, "inexperiência" e corrupção causaram seu enfraquecimento, segundo analista

(Foto: Sputnik / Ana Cubillos)
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Sputnik - Meio ano após se autoproclamar "presidente em exercício" da Venezuela, Juan Guaidó surge "muito debilitado". Falta de apoio militar, "inexperiência" e corrupção causaram seu enfraquecimento, segundo analista.  

Seis meses após o opositor Juan Guaidó se ter autoproclamado "presidente em exercício" da Venezuela, seu trajeto político acumulou mais sombras do que luz, tendo perdido popularidade e a atenção do exterior.  

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Segundo o analista venezuelano Basem Tajeldine, Guaidó criou um "governo virtual, apoiado por países aliados dos EUA e aplicou uma estratégia conhecida de longa data: derrotar o governo legítimo da Venezuela custe o que custar, por meios ilegais”.   

Guaidó protagonizou várias tentativas de interromper ou perturbar o governo de Nicolás Maduro. Uma de suas primeiras ações foi tentar fazer chegar, com a ajuda dos EUA, "ajuda humanitária", que deveria ser entregue através da fronteira com a Colômbia.   

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Quando se deu a chegada dos suprimentos da agência estatal norte-americana USAID a Cúcuta, na Colômbia, os militantes de Guaidó tentaram cruzar a fronteira com a carga, sem a autorização de Maduro. 

Em seguida, os caminhões sofreram um incêndio, do qual Guaidó culpou Maduro. Uma investigação posterior do New York Times revelou que os próprios militantes de Guaidó incendiaram a carga.   

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Além disso, o portal de notícias Panam Post denunciou tempos depois que dois dos principais emissários de Guaidó se apropriaram de forma indevida dos fundos que os EUA enviaram para financiar a ajuda humanitária, e assistir os militares venezuelanos que fugiram para a Colômbia.  

Finalmente, em 30 de abril, junto com o opositor Leopoldo López, Guaidó tentou realizar um golpe de Estado, ao tentar tomar o controle da base aérea militar La Carlota, resultando em um completo fracass no mesmo dia.    

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Tajeldine afirma que as ações de Guaidó "violaram completamente a Constituição da Venezuela, o direito internacional, a paz, a razão e a harmonia".   

Os sucessivos fracassos de Guaidó deterioraram sua imagem, tanto dentro quanto fora de seu país, resultando no surgimento de críticas contra sua atuação política entre a própria oposição.   

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Sem ter uma figura melhor pra a representar, a oposição venezuelana optou por Guaidó, figura com pouca experiência e demasiado jovem, como opina o analista, para derrubar um governo legítimo.   

Um dos principais erros da oposição foi subestimar as capacidades do governo. Tajeldine afirma que "muitas vozes da oposição começam a reconhecer a realidade, e que não se pode efetuar um golpe de Estado sem o apoio das Forças Armadas, senão, tudo se torna um mero golpe virtual, um golpe de Twitter, das redes sociais".   

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Na verdade, Guaidó nunca teve o apoio que esperava dos militares. "Somente alguns grupos muito pequenos embarcaram na aventura em algumas ocasiões e estavam muito mal preparados. Uns já estão na prisão e outros estão em má situação por não terem sido apoiados na Colômbia", acrescenta o analista.   

Guaidó apresenta-se como o "elemento midiático, o palhaço de circo que eles estão usando para esconder os verdadeiros senhores, os que manipulam os palhaços", diz Tajeldine.   

Por sua vez, o governo Maduro continua relutante em prender Guaidó porque considera que é melhor falar diretamente com o "dono do circo", ou seja, com os EUA, complementou.

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