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Guerra tipo exportação

A guerra civil da Síria, infelizmente, ultrapassou as fronteiras e começou a desestabilizar (ainda mais) o Líbano

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O que não poderia acontecer, aconteceu. A guerra civil da Síria, infelizmente, ultrapassou as fronteiras e começou a desestabilizar (ainda mais) o Líbano. Na última sexta-feira, um carro-bomba explodiu no distrito predominantemente cristão de Ashrafiyeh, em Beirute. Três pessoas morreram na hora, incluindo o general Wissam al-Hassam, chefe de Informação das Forças Internas de Segurança e notório crítico da influência síria no país. O presidente Bashar al-Assad foi acusado de ter "participação" no caso.

Após o triste ocorrido, foi inevitável a lembrança de 2005, quando o premiê libanês na época, Rafik Hariri (também contra a presença da Síria), morreu em condições semelhantes. Muitos no Líbano acreditam que Bashar al-Assad quer "exportar" seu conflito. Segundo a ONU, mais de 20 mil pessoas já morreram desde o início dos confrontos – março de 2011.

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A grande preocupação agora é como as nações vizinhas vão poder receber mais sírios que estão fugindo da guerra. Pelas informações de Jamil Chade, do Estadão, a ONU estima que 358 mil pessoas tenham deixado a Síria nos últimos 18 meses. Até o início de 2013, esse número chegaria a 700 mil. Os maiores afetados são Jordânia, Turquia e...Líbano.

A violência só tem piorado em terras libanesas nos últimos dias. Nesta quarta, 10 pessoas morreram em Trípoli, em mais um confronto entre sunitas e alauítas (etnia de Assad).

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Na ocasião do atentado que matou Hassam, o premiê do Líbano, Najib Mikati (tido como cúmplice do regime sírio) chegou a renunciar, mas foi convencido pelo presidente Michel Suleiman a voltar atrás, pois a atitude poderia trazer "consequências imprevisíveis". Vale lembrar que o Líbano tem um sistema político bem particular: o premiê é obrigatoriamente sunita, o presidente, cristão, e o líder do Parlamento, xiita. O objetivo é dar representatividade a todas as opções religiosas mais importantes do país. Como sabemos, isso quase nunca acontece.

O grande medo é que se repita a Guerra Civil do Líbano, que durou de 1975 a 1990.

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