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Igor Fuser: Macri cogita abrir mão da reeleição porque sabe que vai perder

O professor da UFABC Igor Fuser conversou com a TV 247 sobre o cenário das eleições argentinas e a posição do país em relação ao recente acordo entre Mercosul e União Européia; “Alberto Fernández disse que se ganhar as eleições vai rever o acordo na prática”, contou Fuser; Ele também opinou sobre os vazamentos da Lava Jato e possíveis reações do grupo; assista

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247 - O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) Igor Fuser falou à TV 247 sobre as eleições argentinas e comentou sobre o recente acordo firmado entre Mercosul e União Européia. Ele também opinou em relação aos vazamentos da Lava Jato e possíveis reações do grupo.

Fuser explicou que a situação do presidente argentino, Mauricio Macri, é muito ruim e que, por este motivo, ele cogita não tentar sua reeleição. “A situação do Maurício Macri é tão ruim que dificilmente ele será candidato à sua própria reeleição. A constituição argentina permite uma reeleição e o que está se discutindo na Argentina é o Macri sair e colocar um outro candidato ou candidata. Durante todos esses anos a discussão institucional nas eleições na América do Sul foi tentativas de presidentes de esquerda quererem mais um mandato e depois mais um mandato, porque são presidentes extremamente populares. No caso da Argentina o presidente tem direito a uma reeleição e está cogitando abrir mão porque sabe que vai perder”.

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Sobre o acordo entre Mercosul e UE, o professor apontou as consequências que o pacto trará ao país, inclusive para a indústria farmacêutica. “Será que é uma boa notícia um acordo que vai levar a destruição de indústrias no Brasil? Que vai aumentar o desemprego de trabalhadores brasileiros, que vai abolir tarifas que vão facilitar a entrada de produtos europeus que virão aqui quebrar setores da economia brasileira? As pessoas não estão percebendo, um dos pontos desse acordo é o endurecimento das leis de patentes, que afetam diretamente a indústria farmacêutica e praticamente inviabilizam a produção de medicamentos genéricos no Brasil. o fim dos genéricos, ou sua redução drástica, significa o encarecimento dos remédios para a população brasileira. É um acordo nefasto para o Brasil”.

Igor Fuser ressaltou que o candidato favorito à presidência argentina, Alberto Fernández, já afirmou que, caso eleito, irá rever o acordo e retirar a Argentina do tratado. O professor comentou ainda sobre os vazamentos da Lava Jato e afirmou que os conteúdos das conversas revelam que os envolvidos são “gente muito perigosa”. “O que essas revelações estão deixando claro é que nós estamos diante de elementos da mais alta periculosidade, juízes e procuradores que durante todos esses anos têm conspirado e agido contra a Constituição brasileira, leis do nosso país, contra todos os códigos de conduta da magistratura em função de interesses inconfessáveis e que estão se tornando interesses externos, traçados a revelia da própria nação brasileira. É uma gente muito perigosa que está sendo desmascarada quase que diariamente pelo Intercept. Eles vão reagir, têm poder e força, e a reação dele vai contrária a todas as normas de convívio democrático no nosso país”.

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Ele também alertou para a reação dos que foram atingidos pelos vazamentos. “Não param de vir fatos comprovados. Como é que o sistema vai reagir a isso? Como é que eles vão reagir diante do incontestável? A Lava Jato está nua, cada vez mais está tudo sendo aberto diante os olhos da sociedade brasileira e do mundo. Como eles vão reagir? Eles estão começando a entrar em uma lógica de desespero, e quando um animal, acuado, sente o desespero, ele é capaz de agir com extrema violência. A gente tem que estar preparado para isso”.

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