Irã diz que foi-se o tempo em que os EUA decidiam pelo mundo
Hassan Rohani, presidente iraniano, disse na última segunda-feira (21), que os Estados Unidos não podem tomar decisões pelo Irã e por outros "países independentes", apesar de, em alguns casos, "conseguirem avanços na sua agenda por via das pressões".
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247 - "Quem são vocês para tomarem decisões pelo Irã e pelo mundo? Hoje, o mundo não aceita que a América decida por todos [...]. Esse tempo acabou", disse o presidente iraniano, Hassan Rohani, citado pela PressTV e a RT.
Afirmando que a atual administração dos EUA retrocedeu à "era de George W. Bush", em 2003, Rouhani rejeitou o verdadeiro ultimato que Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, fez no domingo ao seu país, exigindo ao Irã que proceda a profundas alterações na sua política interna e externa, sob ameaça de sanções e estrangulamento da economia.
Falando na segunda-feira na Heritage Foundation, em Washington, Pompeo disse que os EUA aumentarão a pressão financeira sobre o Irã, impondo-lhe as "sanções mais fortes de sempre", caso Teerã se recuse a aceitar as exigências feitas sobre sua política interna e externa.
Pompeo enumerou 12 "exigências básicas" e disse aos iranianos que não duvidassem da "seriedade" da ameaça. Na lista dirigida a Teerã, contam-se não só a exigência de pôr fim, a título definitivo, a qualquer programa relacionado com atividade nuclear, mas também a de alterar a política externa regional.
Entre outras coisas, Mike Pompeo disse que o Irã tem de parar com o desenvolvimento de mísseis, "libertar todos os cidadãos norte-americanos", sair da Síria e deixar de apoiar grupos que os EUA consideram "terroristas", nomeadamente o Hesbolá.
Acordo nuclear
O discurso de Pompeo segue-se ao anúncio, feito pelo presidente dos EUA em 8 de Maio, de que Washington sai do acordo nuclear, oficialmente conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que foi subscrito em 2015 pelo Irã e o Grupo 5+1 (os cinco membros com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas – EUA, Reino Unido, França, Rússia e China – e a Alemanha).
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