Israel vê Facebook como ameaça à sua segurança
O ministro de Segurança Interna de Israel, Gilad Erdan, acusou neste sábado o Facebook e seu fundador, Mark Zuckerberg, de não fazerem o suficiente para evitar o incitamento contra Israel; ele disse ainda que a rede social estaria "sabotando" o trabalho da polícia israelense; "Hoje, o Facebook sabota, isso deve ser conhecido, sabota o trabalho da polícia israelense, porque quando a polícia israelense se aproxima deles, e é a respeito de um residente da Judeia e Samaria, o Facebook não coopera", afirmou
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JERUSALÉM (Reuters) - O ministro de Segurança Interna de Israel acusou neste sábado o Facebook e seu fundador, Mark Zuckerberg, de não fazerem o suficiente para evitar o incitamento contra Israel. Ele disse ainda que a rede social estaria "sabotando" o trabalho da polícia israelense.
Anteriormente, Israel havia dito que o Facebook era usado para incentivar os ataques e que o governo estava elaborando uma legislação para obrigar o Facebook, YouTube, Twitter e outras mídias sociais a excluírem posts incitando o terrorismo.
Mas os comentários feitos por Gilad Erdan, da coalizão de direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que supervisiona a aplicação da lei, foram particularmente mordazes.
Ele disse que Zuckerberg é o responsável pela política do Facebook e pediu aos "cidadãos de Israel que o inundassem em todos os lugares possíveis com a demanda de monitorar a plataforma que ele criou e com a qual ganha bilhões".
Um porta-voz do Facebook em Israel disse que a companhia não iria comentar as declarações do ministro.
"Hoje, o Facebook sabota, isso deve ser conhecido, sabota o trabalho da polícia israelense, porque quando a polícia israelense se aproxima deles, e é a respeito de um residente da Judeia e Samaria, o Facebook não coopera", disse ele, referindo-se a área da Cisjordânia.
"Ele também impõe uma barreira muito elevada para a remoção de conteúdo e mensagens", disse Erdan, durante uma entrevista ao Canal 2.
Desde outubro, os palestinos mataram 34 israelenses e dois turistas norte-americanos em uma onda de ataques de rua, a maioria com facadas. Forças israelenses mataram pelo menos 201 palestinos com tiros, 137 dos quais Israel diz serem assaltantes. Outros foram mortos em confrontos e protestos.
Líderes palestinos dizem que os assaltantes agiram como forma de desespero em decorrência ao colapso das negociações de paz em 2014 e à expansão de assentamentos israelenses em território ocupados pelos palestinos que buscam um Estado independente. A maioria dos países vê os assentamentos como ilegais. Israel contesta.
Israel diz que a incitação nos meios de comunicação palestinos e problemas internos têm sido fatores importantes no estimulo aos agressores, muitas vezes adolescentes, para atacar.
(Por Ari Rabinovitch)
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