Itamaraty se cala na ONU sobre apoio de Bolsonaro a ditaduras no Cone Sul
No dia 11 de setembro, que se marca o golpe de estado de Augusto Pinochet em 1973, o Itamaraty se calou na ONU ao ser cobrado em um evento público sobre o apoio de Jair Bolsonaro a ditaduras sul-americanas. Mas garantiu que o Brasil é um "exemplo e inspiração" para todos no que se refere aos direitos humanos e usou instrumentos criados no governo de Dilma Rousseff para mostrar como estava comprometida no combate à tortura.
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247 - No dia 11 de setembro, que se marca o golpe de estado de Augusto Pinochet em 1973, o Itamaraty se calou na ONU ao ser cobrado em um evento público sobre o apoio de Jair Bolsonaro a ditaduras sul-americanas. Mas garantiu que o Brasil é um "exemplo e inspiração" para todos no que se refere aos direitos humanos e usou instrumentos criados no governo de Dilma Rousseff para mostrar como estava comprometida no combate à tortura. A informação é do jornalista Jamil Chade, em sua coluna no UOL.
Os comentários e as cobranças ocorreram durante uma sabatina realizada na ONU, nesta quarta-feira, para que cada um dos países que buscam uma vaga no Conselho de Direitos Humanos possa explicar sua agenda, valores e prioridades. O Brasil é um dos candidatos a um novo mandato no órgão internacional, numa eleição marcada para outubro.
Esse foi o segundo episódio em uma semana em que o governo opta por se recusar a condenar na ONU as violações de direitos humanos pelos regimes ditatoriais, algo inédito na posição do Brasil desde sua própria redemocratização.
Na semana passada, a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, respondeu a uma pergunta do UOL numa coletiva de imprensa em Genebra e indicou que estava preocupada com a violência policial, com a redução do espaço democrático e com a tentativa de negar os regimes ditatoriais do passado.
Bolsonaro retrucou fazendo uma apologia a Augusto Pinochet e citando como o regime ditatorial evitou o comunismo, colocando um fim à Esquerda. Ao atacar Bachelet, o presidente brasileiro causou um choque internacional ao citar o pai da alta comissária, Alberto Bachelet, assassinado pelo regime de Pinochet, informa o jornalista.
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