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Japão vai à caça de 300 baleias e ignora apelo internacional

A frota baleeira japonesa partiu para a Antártida nesta terça-feira, 1º, para retomar, depois de intervalo de um ano, a caça aos mamíferos; Japão pretende capturar mais de 300 baleias antes do término da caça no próximo ano e cerca de 4.000 nos próximos 12 anos, como parte de um programa que define como "pesquisa científica de baleias"; entidades como a Corte Internacional de Justiça (CIJ) e a Comissão Baleeira Internacional (CBI) travam batalas contra o governo japonês para impedir a matança

Frota baleeira japonesa vista no porto da cidade de Shimonoseki. 01/12/2015 REUTERS/Kyodo (Foto: Aquiles Lins)
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SHIMONOSEKI, Japão (Reuters) - A frota baleeira japonesa partiu para a Antártida nesta terça-feira para retomar, depois de intervalo de um ano, a caça aos mamíferos, o que provocou críticas da Austrália, bem como dos Estados Unidos, seu principal aliado.

O Japão pretende capturar mais de 300 baleias antes do término da caça no próximo ano e cerca de 4.000 nos próximos 12 anos, como parte de um programa que define como pesquisa científica de baleias.

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A Corte Internacional de Justiça (CIJ) decidiu no ano passado que o Japão tem de parar com a ação dos baleeiros no oceano Austral, e um painel da Comissão Baleeira Internacional (CBI) assinalou em abril que o Japão ainda não demonstrou a necessidade de matar baleias.

O governo japonês reformulou seu plano para a temporada 2015/16, reduzindo para 333 o número de baleias mink que pretende capturar, um corte de dois terços.

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"No ano passado, infelizmente, a CIJ tomou a decisão e não pudemos caçar baleias", disse Tomoaki Nakao, prefeito da cidade de Shimonoseki, que abriga a frota baleeira, e integrante da base eleitoral do primeiro-ministro Shinzo Abe. "Não há dia mais feliz do que este", disse ele à tripulação da frota, em uma cerimônia antes da partida.

Pouco antes do meio-dia os navios foram lançados ao mar sob um céu azul claro, enquanto os familiares da tripulação e funcionários acenavam da costa. A previsão é de que a caça se estenda até março.

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O Japão alega há tempos que a maioria das espécies de baleias não está ameaçada de extinção e que comer esses cetáceos é parte de sua cultura alimentar. O país iniciou em 1987 o que define como "caça científica", um ano depois de entrar em vigor uma moratória baleeira internacional. No entanto, a carne acaba nas prateleiras das lojas, embora já não seja mais consumida pela maioria dos japoneses.

Autoridades, incluindo Abe, dizem que seu objetivo final é a retomada da caça comercial de baleias, uma promessa que o premiê repetiu em mensagem lida na cerimônia que antecedeu a partida dos navios. Tanto a Austrália como os EUA se opõem à caça.

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"Nós acreditamos que todos os objetivos de pesquisa do Japão podem ser satisfeitos por meio de atividades não letais e continuamos a nos opor a seus programas de caça científica", disse Russell F. Smith, comissário dos EUA na CBI.

Ambientalistas também condenaram o movimento. "É totalmente inaceitável que o governo japonês ignore a Corte Internacional de Justiça", disse Junichi Sato, diretor-executivo do Greenpeace Japão, em um comunicado. "Isso não é pesquisa científica, é claramente caça comercial de baleias."

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(Por Teppei Kasai)

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