Justiça dos EUA reverte condenações de dois acusados de matarem Malcolm X em 1965
A ministra da Suprema Corte Estadual Ellen Biben reverteu as condenações contra Muhammad Aziz, de 83 anos e Khalil Islam, que morreu em 2009. Os dois foram soltos em liberdade condicional nos anos 1980
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NOVA YORK (Reuters) - Dois homens que passaram décadas na prisão pelo assassinato do ativista pelos direitos civis dos negros norte-americanos Malcolm X em 1965 foram exonerados nesta quinta-feira por uma juiza estadual de Nova York, após o procurador distrital de Manhattan afirmar que evidências haviam sido retidas no caso e pedir desculpas por "violações da lei e de confiança pública".
A ministra da Suprema Corte Estadual Ellen Biben reverteu as condenações contra Muhammad Aziz, de 83 anos e Khalil Islam, que morreu em 2009. Os dois foram soltos em liberdade condicional nos anos 1980.
Aziz e dois dos filhos de Islam estiveram presentes no tribunal nesta quinta-feira.
O procurador Cyrus Vance disse à corte que novas evidências exculpatórias descobertas durante a investigação de dois anos deixaram claro que Aziz e Islam foram condenados erroneamente pelo assassinato de Malcolm X.
As evidências incluem documentos que os investigadores esconderam tanto da defesa quanto da acusação no caso de Aziz e Islam, de acordo com Vance. "Eu peço desculpas por essas violações inaceitáveis da lei e da confiança pública", disse.
A corte foi tomada pelos aplausos enquanto Biben anulava as condenações, depois de dizer que lamentava que o tribunal não pudesse dar a Aziz e Islam os anos perdidos por conta das condenações equivocadas.
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