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Le Monde lança o termo "Goebbolsonarista" e aponta mais nazistas no governo Bolsonaro

O francês Le Monde, um dos mais importantes jornais do mundo, cunhou a expressão "Goebbolsonarista" depois do espisódio Roberto Alvim e indica que há outros nazistas no governo Bolsonaro. Cita dois, em reportagem do correspondente Bruno Meyerfeld

(Foto: divulgação)
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RFI - A exoneração de Roberto Alvim da Secretaria Especial da Cultura, após o vídeo no qual parafraseou o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, continua tendo repercussão internacional. O jornal Le Monde deste sábado (18) refere-se a Alvim como um "Goebbolsonarista", e ainda diz que ele não é o único personagem controvertido, para não dizer "iluminado", a ocupar cargos de alto escalão na área da cultura no governo de Jair Bolsonaro.

"Muita gente suspeitava que o governo de extrema-direita brasileiro tinha simpatia pelo 3° Reich e, agora, tiveram a prova", escreve o jornal francês. Le Monde aponta outros colaboradores de Bolsonaro dispostos a criar "uma máquina de guerra cultural", copiada da propaganda nazista, para agradar o chefe.

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À frente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, "monarquista convicto", é um deles, cita o Le Monde, lembrando que este olavista disse que Caetano Veloso era reponsável pelo analfabetismo no Brasil. "Mais doido ainda: o novo presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), o maestro Dante Mantovani, acredita que "o rock ativa drogas, sexo, aborto e satanismo", relata o respeitado jornal francês. Mantovani também propaga que a Terra é plana.

Segundo o texto do correspondente Bruno Meyerfeld, o vídeo de Alvim não se contenta em tomar emprestado a verve de Joseph Goebbels, mas também copia a aparência física e o tom grandiloquente do nazista, ao pedir o surgimento de "formas estéticas poderosas, favorecidas pelas virtudes da fé, da lealdade, do autossacrifício e da luta contra o mal" em seu vídeo, agora retirado da internet. "A ópera Lohengrin, de Richard Wagner, apreciada por Adolf Hitler, dissipa as últimas dúvidas sobre as fontes de inspiração do orador", destaca.

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Le Monde reporta que o vídeo gerou intensos protestos. O jornal reproduz a nota da Confederação Israelita do Brasil (Conib): "Imitar a visão [de Goebbels] é um sinal assustador [...] Essa pessoa não pode controlar a cultura do nosso país", condenou a entidade. Acrescenta que autoridades religiosas, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e a embaixada de Israel também se manifestaram horrorizadas.

Sem dúvida, Bolsonaro reagiu para não perder o apoio de seu "amigo" Benjamin Netanyahu, avalia o vespertino francês. O chefe de Estado brasileiro afirmou sua "rejeição a ideologias totalitárias e genocidas" e seu "apoio total e irrestrito à comunidade judaica ”.

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Mas, para um governo que ainda tem um Rafael Nogueira e um Dante Mantovani à frente de instituições culturais, o risco de novos deslizes não acabou.

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