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Mundo

“Lenín Moreno é um Cavalo de Troia dos Estados Unidos, um infiltrado”

Analista internacional equatoriano Amauri Chamorro conversou com a TV 247 sobre a grande mobilização popular que ocorre no país e pressiona o governo de Lenín Moreno. Ele também defende uma segunda independência da América Latina que é hoje, em sua avaliação, submissa aos interesses dos Estados Unidos. Assista

Lenín Moreno e Amauri Chamorro (Foto: Reprodução/Youtube)
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 247 - O jornalista e analista internacional do Equador Amauri Chamorro explicou à TV 247 a atual situação política do país e lembrou como se deu a chegada do ditador Lenín Moreno ao poder. Chamorro disse que Lenín Moreno, que foi vice do presidente antecessor, Rafael Correa, muito admirado pelo povo equatoriano pela Revolução Cidadã, era desde o início um infiltrado dos Estados Unidos.

Ele comparou o ditador a um Cavalo de Troia enviado pelos Estados Unidos, já que Lenín apoiou a Revolução Cidadã orquestrada por Rafael Correa até sua eleição e, em sua primeira agenda oficial, se reuniu com representantes norte-americanos e do mercado financeiro.

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“Lenín Moreno era o maior defensor da Revolução Cidadã. Ao longo do tempo ele começou a articular, ele era um cavalo de Troia, já era uma pessoa que estava articulada com a embaixada dos Estados Unidos e com o sistema financeiro equatoriano, que era oposição ao presidente Rafael Correa”, resgatou Chamorro.

“Então eles conseguiram construir e esperar o processo para o Lenín Moreno substituir o presidente Rafael Correa e, na verdade, ele assumiu o papel de defensor da revolução até o momento em que ele ganhou a eleição. Lenín Moreno não só traiu o presidente Correa, na verdade ele era um infiltrado, um operador dos Estados Unidos no Equador”, completou.

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O analista também disse defender uma segunda independência da América Latina, que é hoje, segundo ele, submissa aos interesses dos Estados Unidos. Para o jornalista, a região tem potencial para ser totalmente independente.

“A América Latina é absolutamente submissa aos interesses dos Estados Unidos. Se você tiver uma América Latina unida, com a quantidade de recursos naturais que a gente tem e a quantidade de dinheiro, a gente conseguiria muito rapidamente superar os processos de subdesenvolvimento da nossa região. A nossa grande dificuldade agora é conseguir encontrar um mecanismo de integração na nossa região para a gente superar o modelo de dependência econômica dos Estados Unidos, do FMI e da União Europeia”.

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Levante popular no Equador

Amauri Chamorro esclareceu o que acontece atualmente no Equador: um levante popular ocasionado pelo aumento do preço da gasolina, medida adotada pelo governo para corresponder a exigências do FMI e conseguir o empréstimo de US$ 10 bilhões, já que Lenín Moreno fez com que o país afundasse economicamente.

“Lenín Moreno lançou uma medida econômica muito difícil para o Equador, que é o aumento da gasolina e do diesel, chegando a 123% o preço do diesel. A justificativa do governo é que nossa gasolina é muito barata e está sendo contrabandeada para o Peru e Colômbia para ser vendida por um preço maior e também porque a gasolina faz parte da produção de Coca, então nossa gasolina está indo para a Colômbia para se produzir Coca. É ridículo, não é verdade, Lenín Moreno está mentindo. O FMI está obrigando o Equador a assumir uma série de compromissos de reformas econômicas muito duras e, em troca disso, vai receber um empréstimo de US$ 10 bilhões, quase 10% do PIB do Equador”.

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A entrevista com Chamorro foi realizada na última segunda-feira 14h. No mesmo dia, o presidente equatoriano oficializou a revogação do decreto que retirava subsídios aos combustíveis. Na noite anterior, o governo e a Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) anunciaram acordo para frear a onda de 11 dias de protestos no país.

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra: 

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