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Líbia corre risco de 'conflagração generalizada', diz enviado da ONU

Na Líbia, existe o risco de "uma conflagração generalizada", "estimulada" pelas divisões internacionais, advertiu o enviado da ONU, Ghassan Salamé, na quinta-feira (18), em entrevista concedida à AFP

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AFP - Na Líbia, existe o risco de "uma conflagração generalizada", "estimulada" pelas divisões internacionais, advertiu o enviado da ONU, Ghassan Salamé, na quinta-feira (18), em entrevista concedida à AFP.

Salamé argumentou que, "após os primeiros êxitos do Exército Nacional Líbio (ENL, do marechal Khalifa Haftar) há duas semanas, observamos um impasse militar".

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Prova desta estagnação, o procurador-geral militar do Governo de Unidade Nacional (GNA) líbio emitiu uma ordem de prisão internacional contra Haftar, em resposta ao mandado emitido pelo ENL contra o chefe do GNA, Fayez Al Sarraj.

As divisões internacionais sobre o curso a seguir na Líbia estimularam o ENL, rival do governo de Trípoli, a lançar sua ofensiva, acrescentou o representante das Nações Unidas.

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A pedido da presidência alemã, o Conselho de Segurança da ONU realizou na quinta-feira (18) uma nova reunião a portas fechadas, mas não conseguiu traçar uma estratégia clara para exigir um cessar-fogo.

Em videoconferência, Salamé disse aos 15 integrantes do Conselho que se sentia "muito preocupado" diante da perspectiva de uma conflagração.

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Os combates "se aproximam das zonas residenciais", e "há testemunhos sobre reforços que chegam para os dois lados", disse outro diplomata.

Desde a queda de Muammar Khaddafi em 2011, a Líbia está mergulhada no caos com várias milícias que impõem sua própria lei e uma luta pelo poder entre o GNA de Fayez al Sarraj, em Trípoli, e o ENL de Haftar, líder da parte leste do país.

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O reinício das hostilidades entre os grupos pode levar o país a uma guerra civil. Há vários meses, o ENL, apesar de anunciar avanços, não se impõe no sul da capital, e suas tropas mais avançadas estão a 12 e 50 km a leste de Trípoli.

Há "uma possibilidade de conflagração generalizada", declarou Salamé. Os países do Conselho de Segurança "devem ser muito mais ativos e estar muito mais unidos para conter uma conflagração generalizada", advertiu.

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O chefe do governo italiano, Giuseppe Conte, considerou que "a situação de caos e de violência aumentava fortemente o risco de um ressurgimento do fenômeno terrorista, sempre presente na Líbia".

"O combate contra o terrorismo e o fluxo de combatentes estrangeiros continua sendo um dos principais desafios para o país e toda comunidade internacional", disse ele aos deputados italianos.

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Para o enviado, "divisões internacionais existiam antes do ataque" e "estimularam" o marechal Haftar a partir para a conquista de Trípoli. Salamé disse haver interesses externos econômicos neste país petroleiro.

"Há países que antes consideravam Haftar como um campeão da luta antiterrorista, e é verdade que Haftar foi muito ativo, segundo eles, conseguindo em Benghazi, Derna (leste), e mais recentemente no sul, neutralizar células terroristas. Não vão abandoná-lo agora, apesar de não estarem de acordo com o ataque contra Trípoli", declarou, sem citar nenhum país.

Em Trípoli, o ministro do Interior do GNA, Fathi Agha, acusou a França de apoiar o marechal e ordenou "a suspensão de qualquer vínculo" de seu Ministério "com a parte francesa no âmbito de acordos de segurança bilaterais (...) devido à posição do governo francês apoiando o criminoso Haftar".

A França rejeitou as acusações "totalmente infundadas", segundo uma fonte do Ministério francês das Relações Exteriores.

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