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Líderes europeus buscam formas de reduzir a dependência do gás russo

Os líderes europeus vão procurar maneiras de reduzir a sua dependência multibilionária do gás russo em negociações em Bruxelas na quinta e sexta-feira, mas não chegaram a falar, por ora, em romper os laços energéticos com Moscou; "Todo mundo reconhece que é necessária uma grande mudança de ritmo por parte da União Europeia", disse uma autoridade da UE, sob a condição de manter o anonimato

30 Dec 2005, Kursk Region, Russian Federation --- Employees at the Natural Gas Compressor Station, Mostransgaz company's facility at the cross-country gas pipeline near Kursk. The pumping station provides deliveries of Russin gas to European users via Ukr (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Barbara Lewis

BRUXELAS, 19 Mar (Reuters) - Os líderes europeus vão procurar maneiras de reduzir a sua dependência multibilionária do gás russo em negociações em Bruxelas na quinta e sexta-feira, mas não chegaram a falar, por ora, em romper os laços energéticos com Moscou.

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A tomada da região ucraniana da Crimeia pela Rússia reviveu as dúvidas sobre se a União Europeia deve continuar a contar com a Rússia para suprir quase um terço de seu gás, proporcionando à Gazprom uma média de 5 bilhões de dólares por mês em receita. Cerca de 40 por cento do gás é transportado através da Ucrânia.

A Alemanha, a força motriz da UE, está entre os países com ligações energéticas particularmente estreitas com a Rússia e repetiu comentários da Gazprom, maior produtora russa de gás natural, de que a Rússia vem sendo um fornecedor confiável há décadas.

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O fornecimento do gás russo para a UE foi interrompido em 2006 e 2009, mas apenas como consequência do corte do suprimento da Rússia para a Ucrânia por não pagar suas contas. Apesar desses incidentes resultarem em tentativas da UE de diversificar suas fontes de energia, os contratos com o bloco sempre foram honrados.

Autoridades da UE disseram, porém, que a atual crise na Ucrânia convenceu muitos na Europa de que a Rússia não é mais confiável, e a vontade política de acabar com seu domínio nunca foi tão forte antes.

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"Todo mundo reconhece que é necessária uma grande mudança de ritmo por parte da União Europeia", disse uma autoridade da UE, sob a condição de manter o anonimato.

"No fundo da mente das pessoas sempre haverá a dúvida de que, se a relação azedar, a Rússia tem a arma, e não é algo que deveria ter", disse outra autoridade, referindo-se à opção da Rússia de cortar suprimentos.

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Um esboço de um documento preparado antes da reunião de cúpula pede que a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, apresente até junho um plano abrangente para reduzir a dependência energética do bloco.

Como alternativas ao gás importado, as conversações de Bruxelas vão debater "fontes domésticas" que incluem energia renovável e gás de xisto.

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As autoridades também destacam a necessidade de eficiência energética e de estabelecer melhores ligações transfronteiriças para compartilhar recursos, controlar custos e desenvolver a capacidade de o bloco bombear gás para a Ucrânia, caso precise de ajuda.

Um documento de trabalho dos britânicos, que circulou entre os Estados membros, lista uma série de opções, incluindo intensificar as negociações sobre a exportação de gás via gasoduto iraquiano para a Europa e analisar a forma de "facilitar" as exportações de gás dos Estados Unidos, como parte de negociações comerciais com a UE.

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Autoridades da UE disseram esperar que a questão seja levantada durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Bruxelas na próxima semana, embora os analistas alertem que qualquer gás a ser exportado pelos EUA provavelmente iria para a Ásia, em vez de Europa, porque os preços lá são mais elevados.

Interessada em destacar a importância do seu serviço, a Gazprom na semana passada emitiu um comunicado para marcar o 40º aniversário do fornecimento de gás russo para a Alemanha, sob contratos de longo prazo. O gás russo é enviado diretamente para a Alemanha através do gasoduto Nord Stream, construído especificamente para contornar a Ucrânia.

(Reportagem adicional de Francesco Guarascio, em Bruxelas; de Henning Gloystein, em Londres; e de Madeline Chambers, em Berlim)

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