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Lula pretende concluir acordo Mercosul-UE até fim do semestre, mas quer mudanças no texto

Ao ouvir a previsão de Lula de fechar um acordo nos próximos meses, o chanceler alemão brincou que estava admirado com a "energia" do presidente

Presidente Lula e chanceler alemão, Olaf Scholz, em Brasília. 30/01/2023 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (30) que pretende concluir o acordo do Mercosul com a União Europeia até o fim deste semestre, mas adiantou que não deve manter os termos atuais do tratado.

Em declaração à imprensa após reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, Lula disse que o Brasil terá flexibilidade nas negociações, mesma disposição que disse esperar também dos europeus.

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"Nós vamos trabalhar de forma muito, mas muito dura para que a gente possa concretizar esse acordo. Alguma coisa tem que ser mudada, ele não pode ser feito tal como ele está", disse o presidente.

A versão atual do acordo foi fechada durante os governos de Jair Bolsonaro no Brasil e Maurício Macri na Argentina, mas não foi efetivado por resistência de diversos países europeus em ratificá-lo por conta das políticas ambientais de Bolsonaro.

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Os atuais governos de Brasil e Argentina, com Lula e Alberto Fernández, mantêm a intenção de consolidar o acordo, mas querem renegociar alguns pontos considerados ruins para a América do Sul. No caso brasileiro, Lula citou especificamente a entrada dos europeus no mercado de compras governamentais que, segundo ele, pode prejudicar pequenos e médios empresários no país.

"Vamos mostrar aos europeus como somos flexíveis e queremos que eles também sejam. Vamos negociar da forma mais aberta possível", disse Lula.

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Ao ouvir a previsão de Lula de fechar um acordo nos próximos meses, o chanceler alemão brincou que estava admirado com a "energia" do presidente, que previa a conclusão do acordo "ambicioso" como do Mercosul e UE em seis meses, mas disse que a Alemanha também se empenhará para que a negociação avance.

"Concordamos que o acordo é do interesse de ambas as regiões", afirmou.

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OCDE

Ao ser questionado se o Brasil mantém a intenção de passar a fazer parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) --negociação iniciada no governo Bolsonaro e para a qual empresários brasileiros reunidos nesta segunda-feira com colegas alemães pediram apoio do país europeu--, Lula afirmou que sempre foi a favor de entidades multilaterais, mas precisa saber qual será o papel no Brasil no organismo.

"Não podemos participar como cidadão menor, como um observador. Estamos dispostos a discutir outra vez e saber as condições para a entrada do Brasil", afirmou.

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Lula defendeu com mais ênfase a retomada das negociações no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que perdeu relevância nos últimos anos, e pediu apoio da Alemanha para que o organismo volte a ser um fórum de negociação multilateral sobre o comércio internacional.

(Edição de Pedro Fonseca)

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