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Maduro promove foguetório em resposta a panelaço de opositor

Presidente eleito da Venezuela convocou ato "pela paz", com fogos, acompanhados de músicas do cantor venezuelano Ali Primera e algumas na voz do falecido Hugo Chávez, após o assassinato de 7 pessoas em dia marcado pela violência

Maduro promove foguetório em resposta a panelaço de opositor (Foto: Ariana Cubillos)
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Opera Mundi - Eram 20h da noite em Caracas (21h30 em Brasília) quando o silêncio do bairro nobre de Altamira foi substituído pelo som de foguetes e panelas. Simpatizantes do presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, e do candidato derrotado na eleição presidencial, Henrique Capriles, ouviram seus chamados ao protesto, feitos nesta terça-feira (16/04).

Se ontem o barulho do panelaço convocado por Capriles foi ouvido durante pouco mais de uma hora, hoje os fogos, acompanhados de músicas do cantor venezuelano Ali Primera – conhecido pelas canções de protesto –, da última campanha eleitoral e algumas na voz do falecido Hugo Chávez fizeram o duelo na capital venezuelana.

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"Se eles convocam o panelaço do ódio, nós convocamos o grande foguetório bolivariano, chavista", disse Maduro em um ato de governo. "Foguetes ao ar às 20h, todo o povo, para que se veja o que é o estrondo do povo nas ruas. Nem um passo atrás, sem ódio, com alegria", afirmou.

Mais cedo, durante coletiva de imprensa, Capriles recuou da marcha que havia convocado em direção ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) para questionar o resultado da eleição. O opositor quer que voltem a ser apurados os votos, apesar de ainda não ter apresentado um pedido formal ao órgão eleitoral.

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"Amanhã não vamos nos mobilizar e eu peço a todos os meus seguidores que se recolham", afirmou Capriles, confirmando que apesar de cancelar o ato, a solicitação será formalizada na quarta-feira. "Quem sair está do lado da violência, quem sair está fazendo o jogo do governo, o governo quer que haja mortos aqui no país", falou Capriles. Segundo ele, há "infiltrados do governo" provocando os distúrbios.
Violência

Ontem, o governo culpou opositores pela morte de sete pessoas em episódios de violência em diferentes partes do país – mais de 60 pessoas ficaram feridas. Os CDIs (postos de saúde) de La Limonera, Oropeza e Trapichito foram incendiados, deixando um saldo de três mortos. Em La Limonera foi morto o militante chavista Luis Ponce, de 45 anos, por motoqueiros encapuzados.

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Dois militantes do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) foram assassinados nos Estados de Táchira e Zulia, além de um policial tachirense. Mais uma pessoa foi morta no Estado de Sucre. “Isso é responsabilidade daqueles que convocaram a violência, que desacataram a Constituição e as instituições”, disse Maduro hoje.

Nas declarações dadas durante cadeia nacional de rádio e televisão, Maduro afirmou que declarava “derrotado o golpe de Estado”, um dia após denunciar que essa era a intenção do candidato da oposição. Ele, porém, sublinhou que setores opositores “vão continuar tentando desestabilizar” a Venezuela.

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Maduro contou que, no domingo, dia da eleição, 54% das mesas de votação foram auditadas, conforme prevê a lei eleitoral, e que tudo resultou “impecável”. Segundo ele, “eles [a oposição] sabem disso, o coração da burguesia amarela [em referência à cor usada por parte da oposição], com suas ambições desmedidas de poder, e ontem ficaram loucos, chamando as pessoas para a rua”, expressou.

Ele culpou Capriles pelas mortes. “O senhor agiu à margem da Constituição e da lei. O senhor tem que responder frente à Constituição e à lei porque é o responsável pelos mortos que estamos velando”, sustentou. Para ele, Capriles agiu “pior do que Carmona Estanga”, disse, em referência ao empresário que se autoproclamou presidente após golpe de Estado contra Chávez.

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