Manifestações contra Trump se espalham pelos EUA
Milhares de pessoas protestaram contra o presidente dos EUA, Donald Trump, em várias cidades do País, contra o decreto que proíbe por 90 dias a entrada de viajantes de sete nações de maioria muçulmana; uma das principais manifestações aconteceu em Manhattan (Nova York) sob a vista da Estátua da Liberdade; senador democrata Charles Schumer disse que não vai "descansar até que essas horríveis ordens sejam revogadas"; também houve protestos em cidade como Chicago, onde até grupos judeus mostraram apoio aos muçulmanos, Washington e em Boston
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247 - Milhares de pessoas protestaram, neste domingo (29), contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em várias cidades do País. Manifestantes são contrários ao decreto do presidente que proíbe por 90 dias a entrada de viajantes de sete nações de maioria muçulmana - Irã, Iraque, Síria, Iêmen, Sudão, Líbia e Somália. O presidente também suspendeu o programa de recepção de refugiados durante pelo menos 120 dias, enquanto as autoridades definem o futuro sistema de verificação de vistos.
Um dos maiores protestos aconteceu em Manhattan (Nova York) sob a vista da Estátua da Liberdade, um símbolo de boas-vindas dos EUA. O orador principal, o senador democrata Charles Schumer, disse aos manifestantes que a ordem Trump era contrária aos valores centrais norteamericanos. "O que estamos falando aqui representa vida e morte para muitas pessoas", disse Schumer. "Não vou descansar até que essas horríveis ordens sejam revogadas", afirmou o parlamentar.
Em Washington, cerca de 2.000 pessoas se reuniram nas proximidades da Casa Branca, cantando: "Não há ódio nem medo, os refugiados são bemvindos aqui".
Em Chicago, os protestos incluíram até grupos judeus, que se mobilizaram no subúrbio da cidade para mostrar apoio aos muçulmanos. Em Boston, aproximadamente 10 mil pessoas participaram de um protesto, de acordo com organizadores da manifestação.
Nações criticam decreto
O decreto de Trump gerou indignação de países aliados dos EUA no Ocidente. Na Alemanha - que recebeu muitas pessoas fugindo da guerra civil da Síria - a chanceler Angela Merkel disse que a luta global contra o terrorismo não é desculpa para as medidas e "não justifica colocar pessoas de um passado ou de uma fé específicos sob suspeita geral", disse seu porta-voz.
Ela expressou suas preocupações para Trump durante uma conversa por telefone e o lembrou que as Convenções de Genebra exigem que a comunidade internacional receba refugiados de guerras por motivos humanitários, acrescentou o porta-voz.
Os sentimentos de Merkel foram ecoados em Paris e Londres: "O terrorismo não conhece nacionalidades. Discriminação não é a resposta", disse o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Marc Ayraul, enquanto seu correspondente britânico Boris Johnson tuitou: "É divisivo e errado estigmatizar por nacionalidade".
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeu, disparou críticas pelo Twitter, neste final de semana. "Para aqueles que fogem da perseguição, terror e guerra, os canadenses irão recebê-los, independentemente da sua fé", afirmou. "Diversidade é a nossa força".
O premiê turco, Binali Yildirim, disse que não se pode, "resolver este problema dos refugiados erguendo muros". Ele participou de um encontro em Ancara, na Turquia, com a primeira-ministra britânica, Theresa May, que não condenou a decisão dos EUA.
ONU também é contra
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) fizeram um apelo para os Estados Unidos continuarem com a tradição de receber refugiados.
"OIM e ACNUR esperam que os Estados Unidos continuem desempenhando seu papel importante de líder e prossigam com sua longa tradição de proteção aos que fogem dos conflitos e das perseguições", afirma o comunicado. "Estamos profundamente convencidos de que os refugiados devem receber un tratamento equitativo e oportunidades de reassentamento, independente de sua religião, nacionalidade ou raça".
*Com Reuters
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