Morales: prisão de Lula foi política e 'novo plano Condor' está em operação
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que um "novo plano Condor" está em execução na América do Su, sendo que agora os novos golpes são políticos, e não militares; "Esses golpes não são golpes militares agora. Agora são golpes judiciais ou golpes do Congresso", afirmou; para Morales, houve um "golpe do Congresso contra Dilma" e a prisão de Lula foi política
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Sputnik - O presidente da Bolívia, em entrevista exclusiva à Sputnik Mundo, qualificou a prisão do ex-presidente Lula como política e comentou as relações bilaterais com o Brasil, inclusive a possível eleição de Jair Bolsonaro.
Em entrevista exclusiva à Sputink Mundo, o presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que um "novo plano Condor" está em execução na América do Sul. Segundo ele, a diferença dos anos 70 é que os novos golpes são políticos, e não militares.
"Esses golpes não são golpes militares agora. Agora são golpes judiciais ou golpes do Congresso", alegou o político, que está visitando a capital da Rússia, Moscou.
Ele acrescentou que nenhum presidente de "direita" foi deposto nas últimas décadas, ao contrário do que aconteceu com presidentes de esquerda e como foi no caso do "golpe do Congresso contra Dilma".
O chefe de Estado também aproveitou para manifestar seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja prisão, segundo Morales, foi política.
Ao comentar as eleições presidenciais no Brasil, a serem realizadas em próximo outubro, Evo Morales afirmou que a Bolívia respeita a cláusula democrática da Unasul e respeitará o resultado das eleições no país, independente de quem vença: direita ou esquerda.
No entanto, o líder boliviano afirmou que, no caso da hipotética vitória de Jair Bolsonaro, as relações com o país devem mudar.
"Não haverá uma química, como com Lula, para pensar sobre os mais necessitados", argumentou.
"Onde a direita ou o neoliberalismo retornam, a pobreza e a injustiça crescem.
No entanto, concluiu o presidente, "[Bolívia] seguirá o resultado das eleições, seja para a esquerda ou para direita, de modo a respeitar [o resultado] e para poder trabalhar junto".
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