Moscou pede aos EUA que não interfiram nos seus assuntos internos
Após as declarações do governo Biden sobre os protestos na Rússia, o Ministério das Relações Exteriores ressaltou que se trata de protestos não autorizados e lembra que "nos Estados Unidos, nesses casos, eles abrem fogo para matar". "São critérios duplos, hipocrisia ou seu credo de vida? - questionam os diplomatas russos
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247 - O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, emitiu declaração neste domingo (31) exigindo que os Estados Unidos deixem de interferir nos assuntos internos de países soberanos, em particular a Rússia, impulsionando a realização de protestos não autorizados no país.
“A grosseira interferência dos EUA nos assuntos internos da Rússia é um fato comprovado, assim como a 'promoção' de falsificações e os apelos a protestos não autorizados por plataformas de Internet controladas por Washington. O apoio à violação da lei pelo secretário de Estado, Antony Blinken, é mais uma confirmação do papel de Washington nos bastidores ", denunciou o Ministério russo.
Neste domingo, o Departamento de Estado dos EUA, em sua conta no Twitter em russo citou Blinken, dizendo que Washington "condena o uso contínuo de táticas duras pelo governo russo contra manifestantes pacíficos e jornalistas pela segunda semana consecutiva. Mais uma vez, apelamos à Rússia para que libertar os detidos por exercerem seus direitos humanos, incluindo Alexei Navalny".
Além disso, a embaixada dos Estados Unidos em Moscou descreveu os protestos pró-Navalny como "planejados". Em resposta a isso, o Ministério russo enfatizou que estas não são manifestações planejadas, mas protestos não autorizados pelas autoridades. "O que eles fazem nesses casos nos próprios Estados Unidos é bem conhecido de todos: eles abrem fogo para matar. Eles são dois pesos e duas medidas e a hipocrisia seu credo de vida?", Questionam os diplomatas russos.
"Estratégia para conter a Rússia"
Pelo segundo fim de semana consecutivo, simpatizantes da oposição russa, Alexei Navalny, convocaram protestos em várias cidades do país, que não foram autorizadas pelas autoridades.
“Não há dúvida de que as ações destinadas a fomentar os protestos fazem parte de uma estratégia de contenção da Rússia”, enfatiza o ministério. “O Departamento de Estado adotou claramente o 'programa' proposto em 2019 pelo 'think tank' RAND Corp”, indicaram os diplomatas, referindo-se a um relatório deste grupo de especialistas que se propõe a forçar a Rússia a expandir demais e gerar desequilíbrios em seu poder militar, econômico e político.
“É triste que eles tenham ignorado o alerta sobre o 'alto custo e risco' de implementar essa doutrina”, conclui o Ministério russo, segundo a RT.
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