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MP da Bolívia vai investigar viagem secreta de ex-presidente golpista ao Brasil

Decisão foi tomada após a divulgação de que Jeanine Áñez, que está presa em La Paz, teria viajado secretamente ao Brasil para uma reunião com Jair Bolsonaro

Jeanine Áñez (Foto: REUTERS/David Mercado)

Sputnik - O procurador-geral do Estado da Bolívia, Juan Lanchipa, informou que as supostas viagens irregulares feitas pela ex-presidente Jeanine Áñez ao Brasil serão investigadas.

"Vai se iniciar a investigação formal para estabelecer essas viagens que não são autorizadas e não estão enquadradas nas regulamentações nacionais", disse o procurador à mídia local.

A decisão do Ministério Público acontece depois que o jornal argentino Página 12 revelou que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, comentou que havia realizado uma reunião com Áñez, que tomou o poder em novembro de 2019 após o golpe contra Evo Morales.

"A ex-presidente da Bolívia, Jeanine [...] estive com ela uma vez, é uma pessoa simpática que está presa", foram as palavras de Bolsonaro, cuja data ou local do pronunciamento não foi especificado.

Segundo a mídia argentina, alguns canais de Bolsonaro no YouTube aparentemente perceberam a gravidade das declarações do presidente e as retiraram do ar. Até agora, nenhuma reunião oficial entre o presidente brasileiro e Áñez é conhecida, então a reunião teria sido secreta.

Após a publicação, o ex-presidente boliviano Evo Morales acusou o governo brasileiro de participar do golpe contra ele.

O presidente brasileiro, que está em viagem oficial ao Suriname e à Guiana a partir desta quinta-feira (20), não se pronunciou a respeito.

Áñez foi presa em março de 2021 acusada de "terrorismo, sedição e conspiração", no chamado processo Golpe de Estado, e está detida preventivamente na prisão de Miraflores, em La Paz.

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