Na Ucrânia, parlamento da Crimeia adere à Federação Russa
Parlamento aprova entrada da Crimeia na Federação Russa "com os direitos de um sujeito da Federação Russa", diz o texto; isso significa ter a proteção das foras armadas da Rússia; em seguida, políticos convocaram para o dia 16 plebiscito com toda a população da região para colher opinião sobre a seguinte pergunta: "Você é a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia?"; na prática, Crimeia vai seguindo passo a passo o manual democrático de manifestar sua própria vontade ao mundo; se houver a reunificação, os Estados Unidos vão alegar o que de errado no processo?
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MOSCOU, 6 Mar (Reuters) - O Parlamento da Crimeia votou unanimemente a favor de se tornar parte da Rússia nesta quinta-feira, disse a agência de notícias RIA, citando o texto da decisão.
Foi acertado "entrar na Federação Russa com os direitos de um sujeito da Federação Russa", diz o texto.
O Parlamento da Crimeia convocou hoje (6) um referendo para o próximo dia 16, quando os cidadãos poderão escolher se desejam continuar na Ucrânia ou se unir à Rússia. A informação foi dada pelo vice-primeiro-ministro do governo pró-russo, Rustam Temirgaliyev.
Saiba Mais
Na semana passada, o Parlamento da Crimeia já havia aprovado a realização de uma consulta para ampliar a autonomia em relação à república ucraniana que tem a maioria de sua população de língua russa.
Fontes do governo pró-russo da Crimeia indicam que o referendo terá duas perguntas: “Você é a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia, como parte da Federação Russa?” e “Você é a favor da aplicação da Constituição da Crimeia de 1992 e do Estatuto da Crimeia como parte da Ucrânia?”
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após o afastamento do ex-presidente Viktor Ianukóvitch e da presença de militares russos na Crimeia, península do sul do país onde está localizada a frota da Rússia do Mar Negro.
A crise na Ucrânia começou em novembro, com protestos contra a decisão de Ianukóvitch de recusar a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia e promover uma aproximação com a Rússia. Em fevereiro, após meses de manifestações e confrontos no centro de Kiev, Ianukóvitch foi afastado, com a posse de um novo governo, pró-ocidental.
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