Netanyahu: bombardeio de prédio que abrigava equipes de mídia foi 'legítimo'
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (16) considerar "legítimo" o bombardeio que atingiu um prédio na Faixa de Gaza com escritórios de veículos de mídia internacional
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Sputnik - O edifício abrigava equipes da agência Associared Press e da rede Aj Jazeera. Ao justificar o ataque aéreo israelense, Netanyahu disse que no local funcionava um gabinete de inteligência do Hamas.
"Um escritório de inteligência da organização terrorista palestina [estava], que planeja e organiza os ataques de terror contra civis israelenses, esta instalado naquele prédio", afirmou o premiê em entrevista à emissora norte-americana CBC News.
Netanyahu disse ainda que as forças israelenses tomaram "todas as precauções para garantir que não houvesse fatalidades civis, de fato, nenhuma morte".
"Portanto, é um alvo perfeitamente legítimo", afirmou o primeiro-ministro.
O bombardeio do prédio, efetuado no sábado (15), causou grande repercussão internacional e foi bastante criticado. Netanyahu, por sua vez, garantiu que a operação israelense continuará com força total.
Correlação de forças é denunciada
O conflito palestino-israelense se agravou na segunda-feira (10), após o fim de ultimato do movimento palestino Hamas, que exigia de Israel a retirada de militares e policiais da Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, e do bairro de Sheikh Jarrah, tradicional bairro palestino em Jerusalém Oriental.
O Hamas e a Jihad Islâmica (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), começaram a disparar foguetes contra Israel. Muitos dos quase 2.900 projéteis lançados até agora foram interceptados pelo sistema antimíssil Cúpula de Ferro e cerca de 450 caíram na Faixa de Gaza.
Israel retaliou por meio de aeronaves e artilharia. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, os ataques deixaram pelo menos 192 pessoas mortas, incluindo 58 crianças, e feriram mais de 1.200. Do lado israelense, o número de vítimas fatais é de nove.
A correlação de forças vem sendo denunciada como desproporcional por organizações de direitos humanos ao redor do mundo. Diversos protestos pró-Palestina em capitais europeias foram registrados neste sábado (15).
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