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ONU condena repressão na Bolívia: 'uma evolução extremamente perigosa'

"Condeno estas mortes. Esta é uma evolução extremamente perigosa, porque, longe de apaziguar a violência, é possível que a agrave", afirmou alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, após a morte de 8 manifestantes em Sacaba (Cochabamba) durante protestos contra o golpe ao governo de Evo Morales

Michelle Bachelet (Foto: Fabrice Coffrini/Pool via REUTERS)
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247 - A alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denuncia a repressão e o uso excessivo da força na Bolívia contra manifestantes, que levou a morte de 8 pessoas nesta sexta-feira (15). A informação é do jornalista Jamil Chade, em seu blog no UOL.

"Condeno estas mortes. Esta é uma evolução extremamente perigosa, porque, longe de apaziguar a violência, é possível que a agrave", afirmou Bachelet, que foi ex-preisdente do Chile. Ela fez o alerta após a morte dos manifestantes em Sacaba (Cochabamba), depois do uso de munições letais pelas forças de segurança.

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"O país está dividido e as pessoas de diferentes setores do espectro político estão indignadas. Em uma situação como esta, as ações repressivas por parte das autoridades simplesmente irão alimentar ainda mais essa raiva, podendo comprometer qualquer possível via de diálogo", disse.

Segundo ela, "embora as primeiras mortes tenham ocorrido como resultado de confrontos violentos entre manifestantes rivais, as mais recentes parecem resultar de um uso desnecessário ou desproporcional da força por parte da polícia ou do pessoal militar".

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E acrescenta: "Estou realmente preocupada que a situação na Bolívia possa ficar fora de controle se as autoridades não lidarem com ela cuidadosamente, de acordo com as normas e padrões internacionais que regem o uso da força e com pleno respeito aos direitos humanos".

"O país está dividido e as pessoas de diferentes setores do espectro político estão indignadas. Em uma situação como esta, as ações repressivas por parte das autoridades simplesmente irão alimentar ainda mais essa raiva, podendo comprometer qualquer possível via de diálogo", indicou.

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Bachelet também quer que o novo governo interino apresente dados sobre o número de pessoas detidas, feridas e mortas durante os protestos. E cobrou que sejam feitas investigações "rápidas, imparciais, transparentes e exaustivas para assegurar a plena responsabilização".

"Esta situação não será resolvida pela força e repressão", advertiu Bachelet. "Todos os sectores têm o direito de fazer ouvir a sua voz, uma questão fundamental para a democracia. Exorto todos os atores, inclusive os manifestantes, para que renunciem à violência", completou.

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