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Otan tenta justificar ataque ao Iêmen

EUA e Reino Unido também afirmaram que atuaram em autodefesa ao atacar o Iêmen

Otan tenta justificar ataque ao Iêmen (Foto: Reuters)

247 - A Otan considera os ataques aéreos no Iêmen realizados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido como 'defensivos', relatou a AFP na sexta-feira, citando a aliança.

Os dois países também afirmaram que atuaram em autodefesa ao atacar o Iêmen. "As Forças dos EUA mantêm o direito inerente à autodefesa e se decidirmos agir, será no momento e local de nossa escolha", disse um oficial do Pentágono à agência Sputnik. 

“Tomamos medidas limitadas, necessárias e proporcionais em autodefesa, ao lado dos Estados Unidos com o apoio não operacional dos Países Baixos, Canadá e Bahrein contra alvos ligados a estes ataques, para degradar as capacidades militares Houthi e proteger o transporte marítimo global”, disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak à emissora Sky News. 

Os EUA e seus aliados dispararam mais de 100 mísseis contra posições Houthi em quatro províncias iemenitas durante a noite de sexta-feira, em retaliação por ataques a navios comerciais no Mar Vermelho. A capital iemenita de Sanaa, o importante porto de Al Hudaydah e as cidades de Sadah e Taizz foram todos alvo dos ataques.

Quem são os Houthis e por que os atacam? - O movimento Ansar Allah, também chamado de Houthis, foi criado em 1992 na província de Saada, no norte do Iêmen. Seu líder é Abdul-Malik al-Houthi, irmão do fundador do movimento, Hussein Badreddin al-Houthi, levando o movimento o sobrenome dele.

Os Houthis tomaram o poder na capital do Iêmen, Sanaa, em setembro de 2014, em meio a protestos sobre a remoção de subsídios estatais para combustível. Desde então, uma operação militar contra os Houthis da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita ajudou a levar várias áreas de volta ao controle das forças pró-governo.

A ação militar no Iêmen ainda está em andamento, mas no ano passado tornou-se letárgica e a Arábia Saudita está negociando com Omã. 

Os Houthis são acusados de receber armas do Irã, mas mantêm um alto grau de independência na tomada de decisões e governança. Com o início do genocídio palestino perpetrado por Israel em Gaza, os Houthis tomaram uma posição ativa contra o regime israelita, exigindo a cessação das hostilidades. O bombardeio de navios em direção aos portos israelenses tornou-se uma ocorrência regular. (Com informações da Sputnik).