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Papa aprova beatificação do maior nome da Teologia da Libertação

Arcebispo salvadorenho Óscar Arnulfo Romero, assassinado enquanto celebrava missa em 1980, será reconhecido como beato pela Igreja, 21 anos após o início desse processo, que antecede à canonização; papa Francisco aprovou nesta terça-feira o decreto que reconhece o "martírio" do religioso "in odium fidei", ou seja, por "ódio à fé", e por isso ele poderá ser beatificado sem a necessidade de que um milagre seja comprovado; para o setor mais conservador da Igreja, beatificar Romero equivale a cultuar a Teologia da Liberação, corrente teológica que nasceu na Igreja Católica latino-americana, com supostas ideias marxistas, e que se caracteriza por colocar os pobres no centro da Igreja

Óscar Romero (Foto: Aquiles Lins)
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247 - O arcebispo salvadorenho Óscar Arnulfo Romero, assassinado enquanto celebrava missa em 1980, será reconhecido como beato pela Igreja, 21 anos após o início desse processo, que antecede à canonização.

O papa Francisco aprovou nesta terça-feira o decreto que reconhece o "martírio" do religioso "in odium fidei", ou seja, por "ódio à fé", e por isso ele poderá ser beatificado sem a necessidade de que um milagre seja comprovado. As informações são da Agência Efe. 

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"É providencial que o primeiro Papa latino-americano beatifique monsenhor Romero", foram as primeiras palavras do postulante da causa de beatificação, o arcebispo Vicenzo Paglia. O religioso concederá na quarta-feira uma entrevista coletiva na qual fornecerá detalhes, inclusive a possível data da beatificação.

Para um setor mais conservador da Igreja, beatificar Romero equivale a cultuar a Teologia da Liberação, corrente teológica que nasceu na Igreja Católica latino-americana, com supostas ideias marxistas, e que se caracteriza por colocar os pobres no centro da Igreja.

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O processo de beatificação do prelado foi aberto em março de 1994. Em 1997, após a conclusão da fase diocesana e a redação de um relato sobre a sua vida, o processo passou à Congregação para a Doutrina da Fé, que deveria dar seu aval.

Mas o processo parou até 2005, quando a Congregação para a Causa dos Santos autorizou seu prosseguimento. Com a ascensão do papa Francisco, em março de 2013, a beatificação de Romero ganhou impulso.

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Romero, principal representante da chamada Teologia da Liberação e incansável na denúncia da repressão militar, foi assassinado em março de 1980 por um tiro enquanto celebrava missa para pacientes de câncer na capela do Hospital da Divina Providência. Um franco-atirador executou uma conspiração encabeçada pelo major de inteligência Roberto D'Aubuisson, que em 1983 fundou o mais importante partido direitista do país, a Aliança Republicana Nacionalista (ARENA), no poder por 20 anos. Ninguém foi condenado pelo crime.

Considera-se que a morte de Romero, aos 63 anos, foi a gota d'água que deu início à guerra civil salvadorenha (1980-1992) entre a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) e o Exército, com o apoio de Washington.

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