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    Papa endossa protestos e turbina apoio da Igreja

    Referência positiva às marchas será feita por Francisco em pronunciamento no dia 22, no Rio de Janeiro, no auge da Jornada Mundial da Juventude; ele deverá falar para mais de 1 milhão de pessoas; Papa foi informado pessoalmente por três cardeais brasileiros, em encontros distintos, em Roma, sobre acontecimentos no país; já vê os protestos como alinhados com o Evangelho; cardeal arcebispo de São Paulo, D. Cláudio Hummes disse ao Papa que marchas nada têm a ver com a presença dele no Brasil; "São contra o governo", informou

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    247 – O Papa Francisco pretende abordar a questão dos protestos que têm ocorrido no Brasil nas últimas semanas durante sua visita ao Rio de Janeiro, em julho, quando irá participar da Jornada Mundial da Juventude. De acordo com reportagem do jornal espanhol El País, o discurso do pontífice para o evento já estava pronto quando ele foi informado sobre os atos - cuja maior participação é de jovens - e decidiu reescrever parte dele para incluir o tema.

    Na opinião do Papa, essas reivindicações por maior justiça não contradizem com o Evangelho. E é o que ele dirá aos esperados mais de um milhão de jovens no evento mundial católico na capital fluminense. Segundo o arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, que conversou com o Papa Francisco há 15 dias, o pontífice não "teme que as manifestações irão prejudicar" sua viagem ao Brasil. A declaração foi dada a um grupo de católicos reunido no auditório do Colégio São Bento, na capital paulista, após seu retorno de Roma.

    A comunidade católica brasileira também declarou oficialmente apoio aos protestos que ocorrem no País. Na última Conferência Nacional dos Bispos, realizada no dia 21 de junho, foi redigido um documento que demonstrou "solidariedade e apoio às manifestações pacíficas". A reportagem do El País afirma que um documento de tanta importância não teria sido escrito sem a concordância do Papa, que o recebeu em mãos.

    Francisco foi informado sobre os acontecimentos do Brasil por três cardeais brasileiros, em encontros distintos. Além de Cláudio Hummes – que assegurou que os atos nada tinham a ver com a sua presença, mas eram, sim, "contra o governo" – o Papa recebeu o arcebispo do Rio de Janeiro, Orani João Tempesta, responsável pelas organizações da Jornada Mundial da Juventude, e na semana passada, o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, o cardeal Raymundo Damasceno.

    "Os mais de um milhão de jovens que esperam o Papa Francisco no Rio de Janeiro estão avisados: os bispos do Brasil estão com eles. O pontífice, também. E lhes dirá em seu discurso. A presidente Dilma Rousseff está informada do que pensam o papa e os bispos sobres os protestos", finaliza o texto do jornal espanhol.

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