Papa pede ação contra desemprego de jovens em mensagem de fim de ano
Em mensagem de fim de ano, o papa Francisco pediu neste sábado aos líderes mundiais que façam mais para combater o desemprego dos jovens, afirmando que uma geração inteira está se perdendo diante do desespero, da imigração e da falta de oportunidades; o papa, em seu último evento público de 2016, disse que as portas tinham que ser abertas para que os jovens "pudessem sonhar e lutar por seus sonhos"; "Condenamos nossos jovens a não terem lugar na sociedade, porque os empurramos lentamente para a margem da vida pública, forçando-os a imigrar ou a implorar por empregos que já não existem ou não prometem um futuro", disse Francisco
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VATICANO (Reuters) - Em mensagem de fim de ano, o papa Francisco pediu neste sábado aos líderes mundiais que façam mais para combater o desemprego dos jovens, afirmando que uma geração inteira está se perdendo diante do desespero, da imigração e da falta de oportunidades.
O papa, em seu último evento público de 2016, disse que as portas tinham que ser abertas para que os jovens "pudessem sonhar e lutar por seus sonhos".
"Nós condenamos nossos jovens a não terem lugar na sociedade, porque os empurramos lentamente para a margem da vida pública, forçando-os a imigrar ou a implorar por empregos que já não existem ou não prometem um futuro", disse Francisco, de 80 anos, em sua homilia durante uma solenidade na Basílica de São Pedro.
O desemprego juvenil está na casa dos 36 por cento na Itália, e chega a 18 por cento entre os 28 estados da União Europeia.
Na África, o continente com a população mais jovem do mundo, o desemprego juvenil provavelmente aumentou em 2016 e já estava perto de 30 por cento no norte da África, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho.
A pobreza e a falta de oportunidades na África impulsionam a imigração, especialmente para a Europa. Quase 5.000 homens, mulheres e crianças morreram tentando chegar à Europa via norte da África em 2016.
Entre os mais de 181.000 imigrantes que viajaram em barcos --na maioria africanos-- e chegaram à Itália em 2016, 25.000 eram menores não acompanhados, o dobro do número observado em 2015.
Ao final da homilia, Francisco atravessou a Praça de São Pedro, parando para apertar as mãos e posar para fotos, enquanto fazia uma breve visita ao presépio em tamanho natural que há no Vaticano.
No dia 1º de janeiro, o papa vai realizar uma missa para marcar o Dia Mundial da Paz.
(Por Steve Scherer)
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