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Para Trump, América Latina é "quintal", diz presidente recém-eleito da Bolívia

Presidente recém-eleito da Bolívia, Luis Arce, disse existir uma grande "diferença" entre os dois candidatos à presidência dos EUA. Segundo ele, a América Latina representa "um simples quintal" para Donald Trump, enquanto Joe Biden pode representar a "oportunidade de conversar"

Presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, concede entrevista à Reuters em La Paz. 20/10/2020 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Sputnik - Em entrevista à Sputnik, Luis Arce afirmou que o presidente norte-americano, Donald Trump, vê a Bolívia, como toda a América Latina, como um quintal.

Na última sexta-feira (23), o Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia proclamou, oficialmente, Luis Arce como novo presidente do país, para o quinquênio 2020-2025.

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Para Arce, "existe uma grande diferença" entre os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos. Enquanto, para Trump, a Bolívia e a América Latina representam "um simples quintal", Joe Biden pode, talvez, representar a "oportunidade de conversar e abrir alguns espaços para melhorar [nossas] relações e economia".

É, assim, compreensível que as relações entre Bolívia e Estados Unidos vão depender do posicionamento de Washington, e logo do presidente que for eleito.

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"Se eles querem nos respeitar como país, respeitam nossa soberania e falamos de igual para igual, não há problema", disse o novo presidente boliviano em entrevista à Sputnik.

O retorno de Evo Morales

Em relação ao ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, Arce disse que o primeiro faria bem em retornar a seu país, para se defender em julgamento.

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"Se o camarada Evo quiser, ele retornará à Bolívia e se defenderá de todos aqueles processos que estão sendo movidos contra ele, pois estão quebrando muitas regras", disse. Porém, os processos abertos contra Morales "têm que continuar, porque se trata de uma iniciativa do órgão judicial". De igual modo, algumas investigações judiciais também "já começaram" contra os membros do governo interino.

Não obstante, tendo ocupado o cargo de ministro da Economia do governo de Morales por mais de uma década, Arce acredita que "seria bom que ele voltasse" para a Bolívia.

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Produção de coca

O novo governo boliviano quer industrializar a produção de coca, revelou Arce.

"Queremos industrializar a folha de coca, não só vamos continuar produzindo, mas vamos industrializá-la", de modo a criar, mais concretamente, "uma pasta de dentes".

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O político explica que "existem 14 alcaloides na folha da coca, um dos quais é um acessório excelente contra a cárie dentária, [e] por isso quem masca coca não tem cárie". Deste modo, o governo está determinado a começar a exportar o seu produto.

Eleição de magistrados na Bolívia

Apesar dos magistrados da Justiça serem eleitos por voto popular, Arce lamenta o povo não ter elegido "os melhores homens e mulheres para administrar a Justiça". Assim, o presidente eleito prevê que a escolha destes terá de voltar a ser baseada na meritocracia, em vez do voto popular.

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Contudo, esta escolha deverá ser baseada em "uma meritocracia que tenha certo apoio científico e técnico através de universidades e institutos, inclusive do exterior, para que possam avaliar as pessoas que concorrem a magistrados", ponderou Arce. Logo, aqueles que "passem por um filtro muito mais exigente, mais acadêmico [e] mais técnico" deverão ser escolhidos para os cargos em questão.

Entre outras coisas que necessitam correção, o presidente socialista mencionou que há também várias mudanças a fazer no SUS boliviano, de modo a conferir melhores serviços de atendimento à população.

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