Parlamento da China aprova lei de segurança de Hong Kong apesar das ameaças de Trump

247 - O parlamento da China aprovou nesta quinta-feira (28) uma nova lei de segurança para a Hong Kong. O ato soberano da legislatura chinesa, relativo a uma região que pertence ao país é alvo de críticas e ameaças por parte dos Estados Unidos
Com 2.878 votos a favor, 1 contra e seis abstenções, a Assembleia Popular nacional da China aprovou a nova lei. O processo de promulgação, com regulamentação detalhada pelo comitê permanente da APN, poderá levar alguns meses para ser concluído, informa Russia Today. 

A legislação, que visa prevenir, prender e punir atos em Hong Kong que ameacem a segurança do país, abrange atividades secessionistas e subversivas, bem como interferência estrangeira e terrorismo.

Na véspera da votação, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, notificou o Congresso de que o governo Trump não vê mais Hong Kong como uma região autônoma pertencente à China. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse a repórteres na Casa Branca na terça-feira que seu governo está preparando medidas contra a China por sua tentativa de impor leis de segurança nacional em Hong Kong. Sem entrar em detalhes, Trump disse que seu governo está "fazendo algo" que será lançado ainda esta semana.

Por sua parte, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, explicou nesta quarta-feira que "todo um catálogo de ações em potencial" poderia ser adotado por Trump. 

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China alertou que Pequim está pronta para tomar contramedidas contra qualquer interferência externa em seus assuntos soberanos.

"Em relação às declarações dos EUA sobre sanções contra a China em resposta à revisão da lei de segurança nacional em Hong Kong pela Assembleia Popular Nacional da China, a posição do país permanece extremamente clara. Eu gostaria de enfatizar mais uma vez que Hong Kong é uma região administrativa especial da República Popular da China ", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.

"O governo chinês está determinado a defender os interesses de sua soberania, segurança e desenvolvimento, defender o princípio de 'um país, dois sistemas' e se opor a qualquer interferência estrangeira nos assuntos de Hong Kong", acrescentou Zhao Lijian.