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Premiê britânico enfrenta revolta por não demitir assessor que violou isolamento

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, enfrentou um motim em seu partido e a fúria do país por se recusar a demitir seu assessor mais próximo, Dominic Cummings, acusado de ignorar o isolamento do coronavírus viajando 400 quilômetros para fora de Londres

Boris Johnson
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Reuters - O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, enfrentou um motim em seu partido e a fúria do país nesta segunda-feira por se recusar a demitir seu assessor mais próximo, Dominic Cummings, acusado de ignorar o isolamento do coronavírus viajando 400 quilômetros para fora de Londres.


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Defendendo um dos homens mais poderosos do Reino Unido, Johnson disse no final de semana que Cummings agiu “responsável e legalmente e com integridade” quando viajou de Londres a Durham, no norte da Inglaterra, em março com o filho e a esposa, que estava doente e com sintomas da Covid-19.

Muitos viram hipocrisia no gesto, dado que à época o governo adotou o mantra de dizer que todos deveriam ficar em casa. Quem mora em uma casa na qual qualquer pessoa tem sintomas deve se isolar no domicílio por 14 dias.

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“Em que planeta eles estão?”, indagou a manchete do Daily Mail, jornal de direita influente que costuma apoiar Johnson.

Cummings deve emitir um comunicado público e responder perguntas ainda nesta segunda-feira, noticiaram os canais ITV e Sky News. A porta-voz de Downing Street não quis comentar.

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Com um número de mortos de cerca de 43 mil, o Reino Unido é o país mais atingido da Europa, e o governo já sofria pressão devido à maneira como lida com a pandemia.

Cientistas e parlamentares disseram que o furor causado por Cummings tornará mais difícil fazer com que o público continue obedecendo as orientações oficiais sobre o distanciamento social.

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“Boris Johnson destruiu todos os conselhos que demos para se criar confiança e garantir a adesão às medidas necessárias para controlar a Covid-19”, disse o cientista comportamental Stephen Reicher, membro de uma comissão que aconselha o governo.

Cerca de 20 parlamentares conservadores desafiaram Johnson pedindo publicamente que Cummings renuncie ou seja demitido. Eles e outros disseram ter sido inundados por correspondências de eleitores que seguiram as orientações e agora sentem que existe uma regra para pessoas próximas do premiê e outra para as restantes.

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“O governo deveria reconhecer o que as famílias passaram e o que as pessoas estão pensando e dizendo. Portanto, é importante Dominic Cummings se retirar agora”, disse o parlamentar Peter Aldous no Twitter.

A decisão de Johnson de manter Cummings contrasta com os casos da principal autoridade médica e de um epidemiologista destacado da Escócia que aconselhavam o governo e se demitiram depois de admitir que haviam violado as regras de isolamento.

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