Putin: EUA retratam a Rússia como seu inimigo porque não querem um país tão grande

TASS - Os Estados Unidos estão retratando a Rússia como um inimigo pela única razão de não quererem ver um país tão grande, disse o presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso televisionado nesta segunda-feira.

"Ok, você não quer ter um amigo e aliado como nós, mas por que nos retratar como um inimigo então? A resposta é uma. Nosso regime político ou qualquer outra coisa não importa. Eles simplesmente não querem ver um tamanho tão grande e independente como a Rússia", disse Putin, acrescentando que isso respondeu a todas as perguntas. "Esta é uma fonte da política tradicional dos EUA na pista russa.

Ponto de apoio da OTAN

A Ucrânia servirá como ponto de apoio da Otan para um ataque contra a Rússia, caso se junte à aliança, disse Putin.

"Vou explicar que os documentos de planejamento estratégico dos EUA […] estipulam uma opção do chamado ataque preventivo aos sistemas de mísseis do inimigo. E sabemos quem é o principal inimigo dos EUA e da OTAN. É a Rússia. Documentos da OTAN oficialmente , declaram diretamente a Rússia como a principal ameaça para a segurança euro-atlântica. E a Ucrânia servirá como ponto de apoio para tal ataque", disse ele.

Ele observou que, se os ancestrais tivessem ouvido sobre isso, "eles não teriam acreditado".

"E não queremos acreditar nisso também. Mas é assim. Eu gostaria que as pessoas tanto na Rússia quanto na Ucrânia entendessem isso", observou o presidente.

Integração com a OTAN

Os sistemas de comando e controle de tropas ucranianas já estão diretamente integrados à Otan e a aliança começou a explorar o território da Ucrânia, disse Putin.

"Os sistemas de comando e controle de tropas ucranianas já estão integrados à OTAN. Isso significa que o comando das forças armadas ucranianas e até mesmo formações e unidades separadas podem ser exercidos diretamente do quartel-general da OTAN. Os Estados Unidos e a OTAN já começaram a explorar descaradamente o território ucraniano como um teatro de potenciais operações militares", disse o chefe de Estado.

"Vemos como o regime de Kiev está sendo persistentemente reforçado militarmente", enfatizou Putin. "Só os Estados Unidos canalizaram bilhões de dólares americanos para esses propósitos desde 2014, incluindo a entrega de armamentos, munições e treinamento especializado. Nos últimos meses, armas ocidentais fluíram continuamente para a Ucrânia de forma demonstrativa, como visto por todo o mundo", ele disse. disse.

A atividade das forças armadas e serviços especiais ucranianos é dirigida por conselheiros estrangeiros, destacou Putin. "Sabemos bem disso. Contingentes militares de países da Otan estiveram presentes constantemente no território da Ucrânia sob vários pretextos nos últimos anos", disse o presidente russo.

"Exercícios conjuntos regulares [da Ucrânia e da OTAN) têm um claro viés anti-Rússia", destacou Putin.

"Só no ano passado, eles envolveram mais de 23.000 soldados e mais de 1.000 equipamentos. Já foi adotada uma lei sobre a admissão de forças armadas de outros estados em território ucraniano em 2022 para participação em exercícios multinacionais. É claro que isso envolve principalmente Tropas da Otan. Este novo ano não menos de 10 dessas manobras conjuntas foram planejadas. É óbvio que tais eventos servem para encobrir o rápido crescimento militar da Otan em território ucraniano", disse o presidente russo.

Preocupações russas sobre sua segurança

A Otan simplesmente não se importa nem um pouco com as preocupações da Rússia sobre sua segurança e continuará a se comportar dessa maneira, Moscou nunca a tolerará, disse Putin.

"Sem dúvida, eles planejam implementar esses planos. Como costumavam fazer muitas vezes nos últimos anos, quando expandiram a OTAN para o leste e moveram sua infraestrutura militar e armas para mais perto das fronteiras russas, ignorando completamente nossas preocupações, protestos e avisos. . E obviamente, eu acho, eles vão continuar a se comportar assim no futuro, sendo guiados pelo provérbio cães latindo, mas a caravana segue em frente. Direi imediatamente: nunca concordamos com isso e nunca concordaremos", ele disse.

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