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Renúncia de Uribe provoca tsunami político na Colômbia

A renúncia do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) ao Senado da República gerou um verdadeiro tsunami na agenda política da Colômbia; partido direitista entrou em polvorosa, enquanto que oposição vê na renúncia estratagema para escapar de julgamento pela Suprema Corte 

Renúncia de Uribe provoca tsunami político na Colômbia (Foto: Fernando Vergara)
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247, com Prensa Latina - A renúncia do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) ao Senado da República gerou um verdadeiro tsunami na agenda política da Colômbia.

O fato não só tomou conta dos noticiários de todos os meios de comunicação. Também causou um vendaval de mensagens nas redes sociais por figuras destacadas de todos os setores políticos e sociais.

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Diante da decisão da Corte Suprema de Justiça de chamá-lo a um interrogatório para investigar uma suposta manipulação de testemunhas e fraude processual, Uribe divulgou na terça-feira (24) a decisão de renunciar a sua cadeira no Senado, no qual tomou posse há apenas cinco dias.

'A Corte Suprema me chama a um interrogatório, não me ouviram previamente, sinto-me moralmente impedido de ser senador, enviarei minha carta de renúncia para que minha defesa não interfira nas tarefas do Senado', disse Uribe.

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A notícia causou comoção nos parlamentares do Centro Democrático, partido fundado e liderado por Uribe, cuja bancada constitui a primeira força política no Congresso.

Uma revista local comentou que a bancada uribista, que se gaba de ser governo, está moralmente golpeada ao ficar sem seu líder.

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Por isso, na noite da própria terça-feira a bancada fez uma reunião de emergência, em que aprovou um apelo para que seu chefe desistisse da renúncia e uma mensagem de solidariedade com Uribe. O presidente eleito de quem Uribe é o mentor, também deu declarações em sua defesa.

'Expressamos nossa solidariedade ao ex-presidente Uribe e sua família e estamos seguros de que sua honorabilidade e inocência prevalecerão', declarou Duque, que tomará posse como chefe de Estado no dia 7 de agosto.

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Contudo, para a oposição o passo dado por Uribe foi calculado para seu próprio benefício.

'A renúncia de Álvaro Uribe ao Senado é para contornar a investigação', afirmou o ex-candidato presidencial pelo movimento Colômbia Humana e agora senador, Gustavo Petro.

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Uribe é acusado de assassinato e manipulou testemunhas, disse Petro em sua conta do twitter. Também o congressista do Polo Democrático Alternativo, Jorge Robledo, opinou que será enviada uma péssima mensagem ao país se a renúncia ao Senado foi para mudar o juiz, pondo em dúvida a Corte Suprema de Justiça.

Segundo especialistas em temas jurídicos, com a renúncia, a Corte Suprema perde a competência para desenvolver a investigação e a causa seria assumida pela Procuradoria Geral .

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Carlos Arias, acadêmico colombiano, disse ao jornal El Tiempo que nada de estranho ocorrerá ao capital político que Uribe possui. Arias avaliou sua decisão como uma estratégia de defesa para ser julgado por um procurador e ter uma dinâmica de maior influência no governo de Duque.

Em 16 de fevereiro deste ano, a Sala Penal da Corte Suprema rejeitou uma acusação de Uribe contra o senador do partido Polo Democrático Alternativo, Ivan Cepeda, por supostamente percorrer prisões do país em busca de testemunhas contra ele.

A Corte Suprema tinha estudado durante quase seis anos o expediente apresentado contra Cepeda e concluiu que a denúncia de Uribe contra o congressista era improcedente.

Paralelamente, decidiu que, pelo contrário, era Uribe que tinha manipulado testemunhas para deslegitimar a atuação de Cepeda.

A convocação ao interrogatório desta vez, segundo o que foi exposto pela Corte, poderia estar relacionada com o fato de que pessoas ligadas a Uribe teriam incorrido em novos atos de manipulação de testemunhas.

Para Angélica Lozano, da Aliança Verde e vice-presidenta do Senado, 'a justiça tem uma oportunidade de ouro para redimir-se... A justiça na Colômbia é para todos', afirmou.

 

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