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Reunião sobre 'saída militar' para Venezuela contou com presença do Brasil

"O que um diplomata brasileiro faz em uma reunião secreta onde se planeja uma guerra contra a Venezuela? Bolsonaro viola a Constituição e a história de paz do seu país numa aventura racista de Trump", afirmou o embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada em relação a participação brasileira em uma reunião do Grupo de Lima, realizada na semana passada, que discutiu a "avaliação do uso da força militar contra a Venezuela"

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Michele de Mello, Brasil de Fato - Depois de Donald Trump, presidente dos EUA, afirmar que contra a Venezuela, "todas as cartas estão na mesa", os funcionários da Casa Branca têm trabalhado ativamente na busca de novas táticas que visem desestabilizar o governo de Nicolás Maduro. Apesar da última declaração do Grupo de Lima, que se reuniu essa segunda-feira (15), rechaçar uma intervenção militar no território venezuelano, as recentes ações do governo dos Estados Unidos têm sugerido uma intenção diferente.

Durante a semana passada, mais precisamente no dia 10 de abril, cerca de 40 autoridades, entre elas, o embaixador brasileiro Carlos Velho, participaram de uma reunião em Washington D.C., com a pauta "Avaliação do uso da força militar contra a Venezuela", convocada pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) – uma think tank [tanque de pensamento, na tradução literal, uma entidade que reúne pensadores de determinada área] estadunidense, financiada por instituições, como: Banco das Américas, Chevron e Exxon Mobil.

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Já pelos Estados Unidos foram enviados representantes do atual e do antigo Departamento de Estado, do Conselho Nacional de Inteligência e oficiais do Conselho de Segurança Nacional, junto com o Almirante Kurt Tidd, que até recentemente era o comandante do Comando Sul dos EUA. A denúncia foi feita pelo jornalista Max Blumenthal, do portal The Grayzone, quem teve acesso a uma lista com os participantes e recebeu a confirmação da sua realização pela pesquisadora do CSIS, Sarah Baumunk e o pesquisador da Hill &Company, Santiago Herdoiza.

Essa lista de assistentes não apenas confirma que a administração Trump e seus consultores externos estão ponderando opções para um ataque militar à Venezuela, também descreve o elenco de personagens envolvidos na elaboração de uma operação de mudança de regime no país.

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"O que um diplomata brasileiro faz em uma reunião secreta onde se planeja uma guerra contra a Venezuela? Bolsonaro viola a Constituilção e a história de paz do seu país numa aventura racista de Trump", afirmou embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada.

Também o chanceler Jorge Arreaza afirmou que o Estado venezuelano levará a denúncia, realizada pelo portal The Grayzone, às instâncias políticas e judiciais competentes.

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Pompeo visita fronteira com Venezuela

Aos gritos de: "A pátria não se vende, a pátria se defende", a Milícia Bolivariana da Venezuela recebeu a notícia de que o secretario de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo visitou Cúcuta, cidade na fronteira colombo-venezuelana, que há um mês meio viveu o episódio da tentativa de entrada forçada de caminhões com suposta ajuda humanitária para a Venezuela, logo depois de passar por Chile, Paraguai e Peru. Essa é a segunda grande viagem pela América Latina de um alto funcionário da administração Trump em menos de cinco meses.

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Reunidos em San Antonio del Táchira, os milicianos decidiram demonstrar sua contrariedade à visita do funcionário estadunidense, que afirmou que "a usurpação do poder por parte de Nicolás Maduro tem que terminar".

O ex-diretor da CIA visitou albergues que acolhem imigrantes e anunciou, junto ao presidente colombiano, Iván Duque, um "plano de impacto", que prevê US$ 229 milhões de dólares para "apoiar" os estados colombianos que dividem 878 km de fronteira com a Venezuela.

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O plano inclui um pacote de 50 medidas que serão adotadas pelo Executivo Nacional e pelos governos dos estados Norte de Santander, Arauca, Cesar, La Guajira, Vichada y Guainía, que prevê oferta de crédito, criação de empregos e atenção humanitária, voltada para migração venezuelana.

O programa, no entanto, não busca a diminuição da pobreza que bate recordes nos estados La Guajira (52,6%), Cesar (40,7%) e Norte de Santander (40%), segundo dados de 2017 do Departamento Administrativo Nacional de Estadística (DANE).

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Ainda durante sua visita, Pompeo passou pela ponte fronteiriça Simón Bolívar. Do lado venezuelano, o povo questionava as políticas migratórias dos Estados Unidos na fronteira sul com o México. O secretario é um dos entusiastas, junto com Donald Trump, da construção de um muro que divida os dois países e impeça a migração latino-americana.

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