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Reuters: EUA dizem a Lula que resultado da eleição será reconhecido rapidamente

O ex-chanceler Celso Amorim também ouviu de vários diplomatas da América Latina e Caribe a mesma garantia de reconhecimento rápido do resultado das eleições

Presidente dos EUA, Joe Biden, e o ex-presidente Lula (Foto: Divulgação)
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BRASÍLIA (Reuters) - Diplomatas norte-americanos informaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que os Estados Unidos pretendem reconhecer rapidamente o vencedor das eleições brasileiras, em uma tentativa de desencorajar questionamentos dos resultados que possam levar a uma crise institucional ou a caos no país, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.

Na última quarta-feira, durante a reunião em São Paulo entre Lula, que lidera a corrida eleitoral para voltar à presidência, e Douglas Koneff, o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos, o tema foi um dos assuntos centrais.

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O ex-presidente, de acordo com uma das fontes, comentou que o reconhecimento do resultado seria um movimento importante para tentar minimizar o ímpeto de contestar a eleição do presidente Jair Bolsonaro, que tem insistido, sem provas, que o sistema de votação eletrônico é passível de fraude.

Lula ouviu do diplomata norte-americano que a intenção de Washington é reconhecer o vencedor das eleições, independentemente de qual o resultado, assim que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fizer o anúncio oficial.

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Na última quinta-feira, durante encontro com embaixadores de cerca de 20 países da América Latina e Caribe, o ex-chanceler Celso Amorim, assessor internacional de Lula, ouviu de vários diplomatas da região a mesma garantia de um reconhecimento rápido do resultado das eleições.

O recado foi passado a Amorim em conversas laterais ou nas despedidas da reunião que, oficialmente, foi marcada para apresentar aos embaixadores as ideias de Lula sobre política externa em um eventual novo governo.

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De acordo com uma fonte que presenciou as conversas, a mensagem dos diplomatas foi a de que seus países consideram importante um posicionamento internacional para ajudar a evitar questionamentos sobre o processo eleitoral.

EFEITO CAPITÓLIO

Ainda sob os efeitos do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por partidários do ex-presidente republicano Donald Trump, o governo do democrata Joe Biden tem revelado crescente preocupação com as acusações de Bolsonaro a respeito de riscos de fraudes nas eleições, feitas sem qualquer fundamento.

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Em visitas ao país de assessores de alto escalão, o governo norte-americano fez chegar a Bolsonaro que tentativas de perturbar o processo não eram bem vistas em Washington.

Como mostrou a Reuters em maio, o diretor da CIA, William Burns, disse a auxiliares próximos do presidente, durante visita ao Brasil, que o mandatário brasileiro deveria parar de questionar o sistema de votação. O recado não foi bem recebido no Palácio do Planalto.

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A nove dias das eleições, Lula voltou a aumentar a vantagem em relação a Bolsonaro e está na frente nas pesquisas de intenção de voto com diferenças que vão até 16 pontos percentuais. De acordo com o Datafolha desta quinta-feira, o petista mantém a chance matemática de liquidar a eleição no primeiro turno.

Já Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o processo eleitoral com mais intensidade nos últimos dias, depois de um período de relativa calmaria.

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No mais recente episódio, afirmou que, se não vencer as eleições no primeiro turno, estaria acontecendo "algo muito errado no TSE" --apesar de não haver nenhum indício nas pesquisas de que possa estar liderando a contenda, nem no primeiro nem no segundo turno.

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