Rússia desaconselha visita de inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica em Zapoirizhia
Governo russo alerta que delegação da AIEA corre risco de ser atacada por forças ucranianas
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TASS - Uma viagem da delegação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à usina nuclear de Zaporozhia via Kiev e depois através da linha de contato seria muito perigosa, afirmou nesta segunda-feira (15), Igor Vishnevetsky, vice-diretor do Departamento de Não-Proliferação e Controle de Armas no Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Através da linha de frente - isso é um risco enorme, dado que as forças armadas ucranianas são formações armadas heterogêneas. Essas pessoas estarão prontas para cometer qualquer provocação", disse ele. Ele comentava a declaração do representante do secretário-geral da ONU, Stefane Dujarric, de que a organização mundial poderia facilitar essa visita via Kiev.
"Neste caso, tudo pode acontecer se a delegação da AIEA cruzar a linha de frente", acrescentou o diplomata.
Ele lembrou que a Rússia propôs uma rota segura para a viagem de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à usina.
"No que diz respeito à visita anterior, que foi interrompida, a Rússia propôs uma rota que garantiria a segurança dos inspetores da AIEA", disse ele.
"Neste caso, o lado russo pode fornecer segurança completa, nossos militares a fornecerão totalmente. A Ucrânia não fornecerá nada", acrescentou.
"Portanto, esta proposta [de uma viagem por Kiev e pelo território controlado pela Ucrânia] levanta não só questões, mas também perplexidade", concluiu o diplomata.
A desmilitarização não está dentro da autoridade da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), tais apelos em relação à central nuclear de Zaporozhia são irresponsáveis, disse Vishnevetsky.
"A AIEA não está engajada em desmilitarização e segurança. Ela tem um mandato claro, que é a implementação das suas próprias garantias", disse ele, comentando declarações feitas em Kiev de que o objetivo da visita dos inspetores poderia ser a desmilitarização da área onde fica a usina.
"Esta é apenas uma declaração irresponsável", acrescentou o diplomata.
"A AIEA vem com uma inspeção das instalações, verifica se as obrigações estão cumpridas ou não, ou seja, se o material nuclear é usado na usina para fins pacíficos", continuou Vishnevetsky.
"Esse é o objetivo e o mandato da AIEA. Se a fiscalização tentar para qualquer interferência na operação da usina, claro, ela vai descrever isso em seus relatórios, será discutido. Todo o resto não é responsabilidade da agência", concluiu.
O Poder Legislativo ucraniano pediu a organizações internacionais, incluindo a ONU, a União Europeia, a Organização para Segurança e Cooperação Europeia e outras, que condenem as ações da Rússia na usina nuclear de Zaporozhia, anunciou o legislador ucraniano Alexey Goncharenko na segunda-feira. Em particular, o parlamento ucraniano propõe a imposição de sanções contra a Rosatom e todas as suas subsidiárias, suspendendo os privilégios e direitos da Rússia na AIEA, e insiste na organização de uma missão conjunta da ONU e da AIEA na usina e na desmilitarização do território.
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