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'Rússia é o primo mais velho disposto a ajudar a Venezuela'

O analista de assuntos internacionais Basem Tajeldine e o jornalista venezuelano Jordán Rodríguez avaliaram a importância da reunião entre Maduro e o presidente Vladimir Putin na Rússia, em um contexto em que os EUA impõe sanções a ambas as nações; "O que se revelou na reunião entre os líderes é a continuação da política do comandante Hugo Chávez, quando nos convidou a ver a Rússia e os países do BRIC como um aliado próximo. É uma postura que a Maduro coube viver como chanceler e continuar como presidente", disse à Sputnik Mundo o jornalista Jordán Rodríguez

O analista de assuntos internacionais Basem Tajeldine e o jornalista venezuelano Jordán Rodríguez avaliaram a importância da reunião entre Maduro e o presidente Vladimir Putin na Rússia, em um contexto em que os EUA impõe sanções a ambas as nações; "O que se revelou na reunião entre os líderes é a continuação da política do comandante Hugo Chávez, quando nos convidou a ver a Rússia e os países do BRIC como um aliado próximo. É uma postura que a Maduro coube viver como chanceler e continuar como presidente", disse à Sputnik Mundo o jornalista Jordán Rodríguez (Foto: Aquiles Lins)
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Sputnik Brasil - O analista de assuntos internacionais Basem Tajeldine e o jornalista venezuelano Jordán Rodríguez avaliaram a importância da reunião entre Maduro e o presidente Vladimir Putin na Rússia, em um contexto em que os EUA impõe sanções a ambas as nações.

"O que se revelou na reunião entre os líderes é a continuação da política do comandante Hugo Chávez, quando nos convidou a ver a Rússia e os países do BRIC como um aliado próximo. É uma postura que a Maduro coube viver como chanceler e continuar como presidente", disse à Sputnik Mundo o jornalista Jordán Rodríguez.

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Por sua parte, o analista internacional Basem Tajeldine comentou que os vínculos entre ambas as nações abrangem espaços "para além da área militar, onde o Estado russo é muito forte".

"O setor da energia também foi consolidado. São duas nações com grandes capacidades neste sentido, em particular em petróleo e gás. A Rússia, embora não faça parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), é um país com o qual convém chegar a um consenso a nível de preços, pela sua importância internacional", explicou Basem Tajeldine.

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Ambos os entrevistados destacaram que, tal como Venezuela, a Rússia enfrenta sanções por parte do governo dos Estados Unidos, questão que, em última instância, "facilita" uma aproximação entre Caracas e Moscou, que compartilham uma visão sobre a política internacional.

"Os governos de Caracas e Moscou entendem que a guerra dos mercados do petróleo faz parte de uma situação induzida que se destina a afetar a situação destas nações que dependem da renda petroleira. Maduro e Putin interpretaram muito bem este conflito e, por isso, trataram de temas como a regionalização dos preços do petróleo", disse Tajeldine.

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Para o jornalista Jordán Rodríguez, esta reunião foi crucial, pois decorre em um contexto em que o seu país foi agredido pelo governo de Donald Trump, e uma aproximação de Caracas a Putin significa não apenas uma mensagem a Washington, mas uma possibilidade concreta de expandir suas fronteiras.

Rodríguez destacou que 95% da economia do país depende das rendas do petróleo. Trump disse que aqueles países que compram petróleo à Venezuela devem responder aos EUA. "Isto é pior do que foi imposto a Cuba nos últimos 60 anos", comentou o jornalista.

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Por sua parte, de acordo com ele, a Rússia é um dos principais atores na Faixa Petrolífera do Orinoco, a maior reserva de petróleo do planeta. "O venezuelano percebeu que, se os EUA não vão ser mais o nosso principal comprador, por questões políticas, há uma série de caminhos alternativos. A Rússia representa uma grande oportunidade", disse ele.

O jornalista colocou em questão a "tradicional convicção" que o país norte-americano é o principal parceiro petroleiro da Venezuela, já que até agora era apontado como o principal comprador, mas "se se examinarem as contas, não é um bom pagador". "Os EUA mantêm enormes dívidas para com o meu país", acrescentou Jordán Rodríguez.

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Por sua parte, Tajeldine indicou que "há uma grande empatia entre Maduro e Putin", e destacou que a nação eslava é uma "grande potência militar e econômica com que a Venezuela conseguiu "tecer importantes laços de amizade".

"Para a Venezuela ter um aliado como a Rússia é muito importante, não só pelo seu grande músculo militar e influência, mas também porque enfrenta um mesmo inimigo: os EUA. Moscou apoiou Caracas denunciando a agressividade do país norte-americano em seu interesse de derrubar o governo venezuelano", destacou Tajeldine.

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Rodriguez estimou a aliança de seu país com a Rússia como uma "fórmula de amizade para enfrentar uma situação de guerra". "Há muita esperança para o povo venezuelano no encontro mantido entre Maduro e Putin. A gente começa a referir-se à Federação da Rússia como a um primo mais velho que está disposto a ajudar a Venezuela. Isto é muito importante porque nos diz que, apesar do bloqueio, Venezuela não está sozinha", concluiu o jornalista.

O desenvolvimento das relações russo-venezuelanas começou no início do século XXI, quando Putin se reuniu com vários líderes latino-americanos, entre eles o presidente Hugo Chávez, que fez sua primeira visita a este país em maio de 2001, e na qual foram assinados vários acordos de cooperação bilateral e uma declaração conjunta para o aprofundamento da confiança política e o diálogo na solução dos problemas internacionais e regionais.

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