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Sandy ganha força a caminho da Costa Leste dos EUA

Cerca de 50 milhões de pessoas a partir do Meio-Atlântico ao Canadá estão no caminho da tempestade, que os meteorologistas dizem que pode ser a maior de todos os tempos a atingir os Estados Unidos; espera-se que o furacão derrube árvores, danifique edifícios e cause quedas de energia generalizadas ao longo dos próximos dias

Sandy ganha força a caminho da Costa Leste dos EUA (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque )
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Por Daniel Trotta e John McCrank

NOVA YORK, 29 Out (Reuters) - O furacão Sandy, uma tempestade gigantesca que ameaça a Costa Leste dos Estados Unidos, ganhou força nesta segunda-feira, após forçar centenas de milhares de pessoas a procurar lugares elevados e provocar a interrupção do transporte público e o fechamento de Wall St pela primeira vez em 27 anos em consequência de um fenômeno climático.

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Cerca de 50 milhões de pessoas a partir do Meio-Atlântico ao Canadá estão no caminho da tempestade, que os meteorologistas dizem que pode ser a maior de todos os tempos a atingir os EUA continental. Espera-se que o furacão derrube árvores, danifique edifícios e cause quedas de energia generalizadas ao longo dos próximos dias.

O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) disse nesta segunda que a tempestade de categoria 1 na escala de 1 a 5 havia ganhado força, à medida que se dirigia em direção à costa a 24 km/h. Espera-se que Sandy provoque um aumento do nível das águas "com perigo para vidas", ventos de furacão na costa e uma nevasca nas montanhas do Apalache, informou o NHC.

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Nove Estados declararam estado de emergência e o presidente Barack Obama alertou a nação para se preparar.

"Esta é uma séria e grande tempestade", disse Obama, após uma reunião para se informar sobre o furacão no centro de reações a tempestades do governo federal, em Washington. "Nós ainda não sabemos onde irá atingir, onde nós veremos o maior impacto."

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Sandy, que matou 66 pessoas no Caribe e provocou chuvas fortes em áreas costeiras e neve em altitudes mais elevadas, vai causar grandes inundações enquanto se dirige para o interior dos EUA, de acordo com os meteorologistas.

Seus ventos aumentaram para uma máxima de 140 km/h, afirmou o centro nacional em um relatório às 5h do horário local (9h no horário de Brasília), subindo de ventos com velocidade de 120 km/h três horas antes. A agência afirmou que os ventos da tempestade tropical alcançavam até 780 quilômetros a partir do centro.

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Apesar de Sandy não ter a mesma força do furacão Katrina, que devastou Nova Orleans em 2005, seus ventos fazem dele um furacão gigantesco, disseram os meteorologistas.

Nova York e outras cidades suspenderam os sistemas de transporte e fecharam escolas. A população foi instruída a abandonar áreas de baixa altitude antes de uma elevação do nível do mar que poderia chegar a até 3,4 metros.

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Todos os mercados de ações dos EUA ficarão fechado nesta segunda-feira e, possivelmente, na terça, informou a operadora da bolsa de Nova York na noite de domingo, invertendo um plano anterior de manter a negociação eletrônica funcionando nesta segunda.

Sandy também forçou o presidente Barack Obama e o adversário republicano, Mitt Romney, a cancelarem alguns eventos de campanha, e há temores de que o furacão possa prejudicar a votação antecipada --algo incentivado pelos candidatos este ano mais do que nunca-- antes da eleição em 6 de novembro.

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A Organização das Nações Unidas (ONU), os teatros da Broadway, cassinos de Nova Jersey, escolas e vários eventos corporativos também estão sendo suspensos em consequência do furacão.

"NÃO SEJAM ESTÚPIDOS"

Autoridades mandaram pessoas em cidades costeiras e regiões de baixa altitude abandonarem suas casas, dizendo com frequência que colocariam as vidas das equipes de emergência em risco caso ficassem.

"Não sejam estúpidos, saiam, e vão para lugares mais altos e seguros", disse o governador de Nova Jersey, Chris Christie, durante uma coletiva de imprensa.

Meteorologistas disseram que o furacão Sandy é uma rara "super tempestade" híbrida, criada por uma corrente de vento do Ártico envolvendo-se em torno de uma tempestade tropical.

Fornecedores de energia elétrica desde as Carolinas até Maine relataram na noite de domingo que um total de 14.000 clientes já estavam sem energia.

A segunda maior refinaria de petróleo da Costa Leste, a Bayway, da Phillips 66, em Linder, Nova Jersey, estava fechando e outras três refinarias estavam diminuindo a produção, conforme a tempestade afetava as operações em dois terços das instalações da região.

Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira, com o tipo Brent chegando próximo dos 109 dólares o barril. "Com as refinarias diminuindo as operações, nós provavelmente iremos ver o crescimento nas ações de petróleo, que pode levar a uma depressão dos preços no momento", disse o economista do Banco Nacional da Austrália Michael Creed, em Melbourne.

(Reportagem adicional de Edith Honan, Caroline Humer, Paul Thomasch e Janet McGurty, em Nova York; Barbara Goldberg, em Nova Jersey; Gene Cherry, na Carolina do Norte; Dave Warner, na Filadélfia; Tom Hals, em Milford, Delaware; Mary Ellen Clark e Ebong Udoma, em Connecticut; e Matt Spetalnick, em Washington)

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