'Se o processo não for imparcial, a Justiça não pode ser justa', diz ex-juiz da Mãos Limpas
"Se as regras sobre a imparcialidade e do processo não são seguidas, a Justiça não pode ser justa", disse Gherardo Colombo, ex-juiz da operação Mãos Limpas, na Itália, que o ministro Sergio Moro disse se inspirar para atuar na Lava Jato
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247 - Gherardo Colombo, ex-juiz da Mãos Limpas, operação italiana que o agora ministro Sergio Moro diz ter se inspirado para atuar na Lava Jato, falou sobre as revelações trazidas pelo The Intercept.
Questionado sobre como deve ser a comunicação entre um juiz e um procurador durante uma investigação, o ex-procurador das Mãos Limpas disse que "um juiz só pode se comunicar com um procurador formalmente, por meio de documentos oficiais".
As conversas reveladas pela Vaza Jato mostram Moro em um conluio com os procuradores da Lava Jato em que indicava testemunhas a investigadores, orientava sobre o uso de provas e opinava sobre um acordo de delação premiada.
Na entrevista ao site UOL, Colombo disse que, dependendo do conteúdo de conversas privadas mantidas entre juízes e procuradores numa determinada operação, é possível que elas influenciem o resultado de um julgamento.
"Se as regras sobre a imparcialidade e do processo não são seguidas, a Justiça não pode ser justa", disse.
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