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Sem acordo do Brexit, Reino Unido pode entrar em recessão

Uma saída da União Europeia (UE) sem acordo pode levar o Reino Unido a uma recessão em 2020 - apontam estimativas publicadas nesta quinta-feira (18) pelo Escritório para Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês), o órgão público independente encarregado das previsões econômicas

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AFP - Uma saída da União Europeia (UE) sem acordo pode levar o Reino Unido a uma recessão em 2020 - apontam estimativas publicadas nesta quinta-feira (18) pelo Escritório para Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês), o órgão público independente encarregado das previsões econômicas. 

Nesse cenário, "o Reino Unido entra em recessão durante o quarto trimestre de 2019 por uma duração de um ano", sinaliza a projeção feita pelo instituto oficial britânico, que prevê uma recuperação a partir de 2021.  "O PIB perderá 2,1%, quase no mesmo nível que durante a recessão do início dos anos 1990", afirma o organismo em seu relatório, após realizar um teste de resistência da economia britânica para o cenário de um Brexit brutal em 31 de outubro.  

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A libra esterlina perderia 10% de seu valor imediatamente depois de um Brexit sem acordo, e os preços do mercado imobiliário residencial cairiam quase 10% entre o início de 2019 e final de 2021, estima o OBR.  Boris Johnson, candidato favorito para substituir Theresa May como líder do Partido Conservador britânico e como premiê, prometeu tirar o país da UE, sem pedir um novo adiamento - com, ou sem, um acordo com Bruxelas.  

O informe de riscos fiscais do OBR destacou o impacto que a saída do bloco sem um período de transição teria na economia.  "O aumento da incerteza e a diminuição da confiança desestimulam o investimento, enquanto o aumento das barreiras comerciais com a UE pesa sobre as exportações", afirmou.  "Juntos, estes fatores empurram a economia para a recessão, com uma brusca queda dos preços dos ativos e da libra", vaticina.  

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Em diferentes ocasiões, o Banco da Inglaterra advertiu que um Brexit sem acordo geraria uma profunda recessão. Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou que a economia do Reino Unido sofreria "custos substanciais" como resultado.  

Para sua avaliação, o FMI havia estabelecido dois cenários: um Brexit sem acordo "duro" e um "brando". Já as previsões do OBR se baseiam apenas em um "Brexit sem acordo brando".  

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No caso deste último, um regime temporário anunciado pelo governo britânico deveria permitir a 87% dos produtos importados a isenção de tarifas à importação durante um ano, antes de passar para uma taxa em torno de 4%. Pelo menos 13% dos demais produtos teriam de pagar tarifas imediatamente.  

Segundo esta projeção, a imigração para o Reino Unido diminuiria em 25.000 pessoas ao ano até o final da década, reduzindo a mão de obra disponível.  "O relatório publicado pelo OBR esta manhã demonstra que até a versão mais branda de uma saída sem acordo aplicaria um golpe na economia britânica", ressaltou o ministro das Finanças, Philip Hammond.  "Mas esta versão branda não é da qual falam os defensores do Brexit. Eles falam de uma versão muito mais dura, que perturbaria ainda mais a economia", advertiu.  

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No início do mês, Hammond havia afirmado que o impacto de um Brexit sem acordo para as finanças públicas poderia ser de até 90 bilhões de libras (100 bilhões de euros).  Na quarta-feira, Johnson sugeriu que a UE teria parte da responsabilidade se, caso ele seja premiê, tirar seu país do bloco sem um acordo de divórcio.  

O ex-prefeito de Londres deve derrotar amplamente o atual ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, na corrida para suceder a May. A primeira-ministra renunciou ao cargo diante de sua incapacidade para conseguir que o Tratado de Retirada negociado com Bruxelas fosse aprovado pelo Parlamento britânico.  

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Depois do referendo de junho de 2016, no qual 52% dos britânicos votaram a favor da saída da UE, o Reino Unido deveria ter deixado o bloco em 29 de março. A data teve de ser adiada duas vezes para evitar um Brexit sem acordo.

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