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Síria ataca Homs e Ocidente planeja ultimato a Assad

Cerca de 30 pessoas, dentre elas dois jornalistas ocidentais, foram mortos nos ataques de quarta-feira, a maioria no bairro de Bab Amr, onde fica o epicentro da resistncia na cidade

Síria ataca Homs e Ocidente planeja ultimato a Assad (Foto: MUHAMMAD HAMED/REUTERS)
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Forças do governo sírio voltaram a bombardear Homs nesta quinta-feira, reduto da oposição onde centenas de pessoas morreram durante um cerco que já dura três semanas. Cerca de 30 pessoas, dentre elas dois jornalistas ocidentais, foram mortos nos ataques de quarta-feira, a maioria no bairro de Bab Amr, onde fica o epicentro da resistência na cidade. Nesta quinta-feira, pelo menos 16 pessoas foram mortas em várias partes da Síria, segundo informações de ativistas e da mídia estatal. A escalada da violência ocorreu no mesmo dia em que representantes da União Europeia, dos Estados Unidos e de vários países árabes se reuniram em Londres para apresentar um ultimato ao presidente sírio Bashar Assad - ele deverá declarar um cessar-fogo em 72 horas, ou enfrentar medidas punitivas "não especificadas". O ultimato deverá ser apresentado na sexta-feira na Tunísia.

A Rússia e a China são contra qualquer intervenção estrangeira nos assuntos sírios e o governo iraniano declarou nesta quinta-feira que continuará a apoiar o governo de Assad.

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Um homem foi morto a tiros na cidade de Maaret al-Numan, na província de Idlib, noroeste sírio, quando forças do regime invadiram sul da cidade, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres. O Observatório disse que 16 pessoas foram mortas hoje na Síria, mas outro grupo opositor, o Comitês de Coordenação Local, afirma que 40 pessoas foram mortas. A razão para a discrepância nos números não está clara e não foi possível confirmá-los com uma fonte independente uma vez que o acesso da imprensa à Síria continua muito restrito pelo governo.

Três soldados foram mortos e sete ficaram feridos após a explosão de uma bomba na entrada sul da cidade de Idlib, relatou a agência estatal de notícias Sana. Outros dois soldados foram mortos e dois ficaram feridos num ataque contra uma delegacia de polícia na vila de Mharadeh, na província de Hama, informou também a Sana.

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Uma criança de oito anos foi morta durante a noite quando tropas abriram fogo na vila de Ming, na província de Alepo, disse o Observatório. O grupo também informou que um homem e uma criança de cinco anos foram mortos a tiros quanto forças de segurança invadiram o bairro de Tareeq al-Sad, na cidade de Deraa, berço da oposição.

Segundo o ativista Omar Shaker, morador de Homs, intensos ataques tiveram como alvo novamente áreas residenciais de Bab Amr nesta quinta-feira, mas não há informações sobre mortos ou ferido. Ele relatou que os estoques de comida, água e suprimentos médicos estão perigosamente baixos em Bab Amr. "Cada minuto conta. Em breve as pessoas vão começar a entrar em colapso por causa da falta de sono e de comida", disse ele.

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Os ataques de quarta-feira contra Bab Amr mataram a veterana correspondente de guerra norte-americana Marie Colvin e o fotógrafo francês Remi Ochlik. Uma jornalista francesa que estava com o grupo e sobreviveu, Edith Bouvier, correspondente do jornal Le Figaro, fez um apelo dramático que foi postado nesta quinta-feira no Youtube por ativistas. Bouvier pediu para ser retirada de Homs e afirmou que está com uma perna quebrada em duas partes e precisa com urgência de uma cirurgia. O jornalista britânico Paul Conroy, do Sunday Times, também estaria ferido em Homs.

Eles faziam parte de um grupo de jornalistas que entrou ilegalmente na Síria e compartilha acomodações com ativistas, o que levanta especulações de que as forças do governo tinham como alvo o centro de mídia improvisado onde eles estavam. Mas grupos opositores já haviam dito anteriormente que os ataques foram indiscriminados.

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