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Social-democrata derrota direita em eleições presidenciais do Panamá

O social-democrata Laurentino Cortizo venceu a eleição presidencial de domingo (5) no Panamá, com uma vantagem de dois pontos sobre o candidato da direita Rómulo Roux, que era apoiado pelo ex-presidente Ricardo Martinelli, atualmente na prisão

Social-democrata derrota direita em eleições presidenciais do Panamá (Foto: REUTERS/Carlos Jasso)
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AFP - O social-democrata Laurentino Cortizo venceu a eleição presidencial de domingo (5) no Panamá, com uma vantagem de dois pontos sobre o candidato da direita Rómulo Roux, que era apoiado pelo ex-presidente Ricardo Martinelli, atualmente na prisão.

A vitória do ex-ministro Cortizo foi confirmada pelo presidente do Tribunal Eleitoral, Heriberto Arauz, através de um telefonema ao vencedor que foi transmitido pelos meios de comunicação.

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"É o vencedor virtual ao cargo de Presidente da República para o quinquênio 2019-2024", disse Araúz a Cortizo.
"Com humildade recebo o anúncio, um anúncio que é importante para o país, um anúncio de grande responsabilidade", respondeu Cortizo, também conhecido como "Nito". "Estou preparado com uma equipe para assumir as rédeas do país desde o primeiro dia de julho deste ano", acrescentou.

"O país precisa unir forças para resolver os grandes desafios que vamos encontrar", ressaltou Cortizo, que foi felicitado pelo atual presidente, Juan Carlos Varela.

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Com mais de 95% das urnas apuradas, Cortizo obteve 33% dos votos, seguido de Roux, com 31%. Ambos são opositores de Varela, que termina seu mandato atingido pelo declínio econômico e escândalos de corrupção e que não disputou a eleição porque a Constituição do Panamá não permite reeleição imediata.

"Nós, hoje (domingo), não vamos aceitar nenhum resultado", disse Roux antes do anúncio do órgão eleitoral. Temos "informações sobre irregularidades", acrescentou ele.

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No entanto, o próprio Martinelli parabenizou Cortizo ao amanhecer. "Quero parabenizar Nito e o (Partido da Revolução Democrática) PRD por sua vitória não oficial. Eles têm uma grande responsabilidade de unir os panamenhos e nos tirar do buraco para onde nos levou Varela", tuitou Martinelli.

Em terceiro lugar ficou o candidato independente Ricardo Lombana, com 19,7% dos votos.
Cortizo era o favorito das pesquisas sobre Roux, a quem Martinelli, que está sendo julgado pela acusação de espionar opositores durante seu mandato (2009-2014) - expressou apoio da prisão.

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O bom desempenho de Roux demonstra que Martinelli "continua sendo um fator inegável na política do Panamá, esteja livre ou privado de liberdade", disse à AFP Claire Nevache, vice-presidente do Centro de Iniciativas Democráticas (ICW).

Sete candidatos aspiravam à presidência, embora as pesquisas sempre dessem preferência a Cortizo, Roux e, mais recentemente, a Lombana.
Advogado e jornalista de 45 anos, Lombana ganhou destaque nos últimos meses de campanha com seu discurso furioso contra a corrupção e os partidos tradicionais. Ele aceitou a derrota mais cedo e anunciou sua intenção de colaborar com o vencedor.

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Sua ascensão coincidiu com o descontentamento público com os escândalos no Legislativo envolvendo deputados de todos os partidos, e com a falta de resposta da Justiça aos chamados "Papéis do Panamá", escândalo do pagamento de propinas da construtora brasileira Odebrecht e outros casos de corrupção local.

"Lombana surgiu como uma das forças de oposição mais importantes do país", considerou à AFP James Aparicio, diretor do jornal Metro Libre.

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Os partidos tradicionais PRD, de Cortizo, e Mudança Democrática, de Roux, com suas máquinas, conseguiram, porém, arrematar a maioria dos votos.
"Nito" foi ministro do Desenvolvimento Agrário durante o governo de Martín Torrijos (2004-2009), mas renunciou ao cargo devido a discrepâncias com o Tratado de Livre Comércio negociado entre o Panamá e os Estados Unidos.

No entanto, neste domingo, antes de vencer as eleições, suavizou sua posição e disse: "Quer queiramos ou não, é um tratado que nós panamenhos temos que respeitar".

Ao mesmo tempo, ele aproveitou a oportunidade para afirmar que Washington é o "principal parceiro" do Panamá, embora também fosse a favor de "fortalecer" as relações do país com a China.

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