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Mundo

Sócrates: "China ganhou". Genro: "América Latina tem de se mexer"

O ex-primeiro-ministro português José Sócrates trava debate estratégico com o ex-ministro da Educação Tarso Genro

(Foto: Genro e Sócrates)
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247 - O ex-primeiro-ministro português José Sócrates e o ex-ministro da Educação Tarso Genro afirmam que o mundo passa por uma transformação irreversível de mudança de centro de gravidade econômica e que Europa e América Latina devem se preparar para essa transformação. 

Em debate mediado pelo linguista Gustavo Conde e coproduzido pelo site ‘A Terra É Redonda’, eles defendem uma política de concertação entre União Europeia e América Latina para lidar com esta nova ordem mundial que foi acelerada pela guerra na Ucrânia.  

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Sócrates apresenta sua formulação para o fenômeno histórico nos seguintes termos:  

“O que aconteceu nesses últimos 30 ou 40 anos que fez aumentar as tensões no mundo? O centro de gravidade econômica do mundo deslocou-se do ocidente para o oriente. Isso já aconteceu no passado, mas nunca em tão pouco tempo. E este fato traz o mundo a uma nova ordem mundial que precisa ser incorporada em uma nova norma de convivência entre os países.  

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Qual a razão dessa mudança de centro de gravidade econômica? Foi a vitória da China na globalização. Nós, ocidentais, devemos reconhecer isso. Foi a China que venceu essa disputa. E venceu jogando com as regras do ocidente. Porque as regras da globalização foram impostas pelo ocidente. Foram impostas pelos EUA e por nós, europeus. Os chineses jogaram com nossas regras, as nossas instituições. O Banco Mundial, o FMI são produtos da ordem mundial que o ocidente de certa forma impôs ao mundo. A China jogou segundo essas regras e a China ganhou.” 

O ex-ministro da Educação, Tarso Genro, por sua vez, postula sua visão de posse dos desafios latino-americanos:  

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“Essas contradições têm reflexos diferentes aqui na América Latina. O Chile, naturalmente, vai ter mais necessidade de aprofundamento das suas relações econômicas, das suas relações políticas e, portanto, da sua maior tranquilidade financeira no governo Boric, para poder governar com estabilidade, vai ter o seu ‘rosto’ mais voltado para os EUA. O Brasil, pelo seu tamanho, pela sua dimensão, pela sua vocação atlântica, ele vai ter o seu rosto, sim, cordialmente olhando o gigante americano, mas com muita preocupação e uma busca extrema de afinidades com a União Europeia e com a China. 

Então, é necessário que esta visão de uma ação concertada da América Latina tenha a liderança de todos os presidentes latino-americanos democráticos e progressistas. E essa concertação é chave para o próximo ‘passo’.” 

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Assista o debate entre José Sócrates e Tarso Genro: 


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