Steve Bannon diz que União Europeia 'morreu' no domingo
O projeto de integração europeia "morreu" no domingo com a derrota na França da lista pró-Europa de Emmanuel Macron para o partido de extrema-direita 'Rassemblement National' (RN), afirmou Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump
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AFP - O projeto de integração europeia "morreu" no domingo com a derrota na França da lista pró-Europa de Emmanuel Macron para o partido de extrema-direita 'Rassemblement National' (RN), afirmou Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump.
"O movimento de integração, o que a União Europeia sempre foi, morreu no domingo", declarou Bannon à AFP na segunda-feira à noite no hotel Bristol de Paris, antes de chamar as eleições europeias de "históricas".
Os grandes partidos pró-Europa sofreram perdas importantes nas eleições de domingo, mas continuam sendo maioria, enquanto o avanço da extrema-direita ficou limitado.
O presidente francês fez "um discurso muito forte sobre os futuros Estados Unidos da Europa em setembro de 2017 na Sorbonne. Ontem (domingo) foi rejeitado", disse Bannon, que se apresenta como um agitador de ideais nos movimentos de ultradireita, que avançaram em todo o continente nas eleições ao Parlamento da União Europeia.
A lista de Marine Le Pen recebeu 23,31% dos votos na França no domingo, 0,9 ponto a mais que o partido do presidente Emmanuel Macron. Em 2014, a Frente Nacional (agora 'Rassemblement National') obteve 24,8% dos votos.
"O que me surpreende é que Macron não tenha ampliado sua base além da elite urbana das cidades, a divisão francesa do partido de Davos", disse Bannon, que nos últimos meses se reuniu com os líderes da RN para falar sobretudo de finanças.
Bannon considera que os partidos nacionalistas têm agora "o potencial para constituir um 'supergrupo' que poderia virar a segunda maior bancada no Parlamento Europeu".
Atualmente estes partidos estão divididos em três grupos: ENL (extrema-direita), onde estão a RN e a Liga italiana, o CRE (nacional-conservadores), ao redor do PiS polonês, e o ELDD (várias tendência), que inclui o Partido do Brexit de Nigel Farage.
"Isto exigirá senso político porque cada partido é diferente, mas poderiam conseguir. O mais importante é que esta massa crítica permita ter uma minoria de bloqueio", afirmou.
Marine Le Pen sofreu uma "humilhação pública" nas presidenciais de 2017, mas desde então "mudou completamente a Frente Nacional, mudou o nome para 'Rassemblement National'... a corrida para as presidenciais francesas de 2022 pode começar", opinou.
Bannon também afirmou que felicitou no domingo à noite Nigel Farage, cujo partido pró-Brexit foi o mais votado na Grã-Bretanha. O americano considera Farage um possível futuro primeiro-ministro britânico.
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