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Suíça cria cidade retrô para tratar Alzheimer

Baseado em um modelo holands, o empresrio Markus Vgtlin decidiu construir um complexo dos anos 50 para pacientes que costumam ter falhas de memria recente, mas guardam lembranas mais claras do passado. A medida questionada por especialistas

Suíça cria cidade retrô para tratar Alzheimer (Foto: Divulgação)
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – Em alguns meses, o famoso hospício suíço de Haute-Argovie de Wiedlisbach vai se transformar numa cidade inspirada nos anos 50. Baseado em um modelo holandês, uma empresa decidiu construir uma atmosfera retro para pacientes com Alzheimer que costumam ter falhas de memória recente, mas guardam lembranças mais claras do passado. A abordagem tem sido questionada por alguns especialistas. 

Os críticos apelidaram o lugar de « Demênciacity ». Mas a Suíça não parece se importar com isso e mantém sua ideia focada em ajudar desta forma idosos que sofrem também de outras doenças neurodegenerativas.

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O empresário suíço Markus Vögtlin investiu 20 milhões de euros na construção desse complexo, que será instalado na cidade de Wiedlisbach, perto de Berna. Hospedagem e cuidados médicos são previstos para receber 150 pacientes idosos que sofrem do problema, divididos em 23 edifícios com decoração dos anos 50.

Os idealizadores do projeto garantem que as portas da « cidade » não serão mantidas fechadas e os moradores poderão circular livremente. Para a diretora da Associação de Alzheimer da Suíça, Birgitta Martensson, esse é um dos pontos mais positivos dessa experiência. "Poder gerenciar suas próprias atividades diárias motiva e mantém as suas capacidades remanescentes. Isso resulta em menos frustração, menos estresse e menos trabalho para os cuidadores", explicou.

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Para reforçar o clima de normalidade, os funcionários vão se vestir como jardineiros, cabeleireiros ou comerciantes. Única restrição: os habitantes de Wiedlisbach não serão autorizados a deixar a aldeia.

A abordagem foi inspirada num projeto inovador, mas controverso, no campo psicogeriátrico, da Holanda. Uma casa de repouso de Hogewey para pessoas com demência foi criada nos arredores de Amesterdã, em 2009. Os moradores pagam 5 mil euros por mês para viver em um mundo de ilusões.

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Markus Vögtlin visitou Hogewey antes de lançar seu projeto. "As pessoas com Alzheimer podem se tornar agitadas e agressivas, mas em Hogewey, eles parecem relaxadas e felizes", relatou.

Assim como no resto da Europa, a Suíça pena a vencer a crescente população com doenças neurodegenerativas. No país, acredita-se que existam mais de 100 mil idosos com transtornos mentais e este número deve dobrar nos próximos vinte anos. A medida certamente ainda causará muita polêmica, mas ao menos é uma tentativa de proporcionar uma vida mais adequada a pessoas que já não se encaixam mais na sociedade atual.

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