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Suspensão do Parlamento provoca tempestade política no Reino Unido

Uma forte tempestade política, acompanhada por ventos de protestos e demissões, desencadeou-se nesta quinta-feira (29) no Reino Unido após a decisão na véspera do primeiro-ministro Boris Johnson de suspender o Parlamento

Parlamento britânico (Foto: Sputnik)
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Prensa Latina - Uma forte tempestade política, acompanhada por ventos de protestos e demissões, desencadeou-se nesta quinta-feira (29) no Reino Unido após a decisão na véspera do primeiro-ministro Boris Johnson de suspender o Parlamento.  

A suspensão, anunciada com a aprovação da rainha Elizabeth II, ocorrerá de 9 de setembro a 14 de outubro, enquanto o país está programado para deixar a União Europeia (UE) em 31 de outubro.  

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Segundo Johnson, apesar das cinco semanas de recesso, os parlamentares terão tempo suficiente para discutir o Brexit antes da data prevista para a separação, mas seus oponentes afirmam que a medida visa abrir caminho para uma saída sem acordo.   

Consequentemente, os protestos não esperaram em várias partes do país, incluindo a capital, Londres, onde centenas de pessoas se reuniram já na noite de quarta-feira em frente à sede do Parlamento para denunciar o que designam como golpe de Estado.  

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A manifestação foi transferida para a vizinha Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro, e como os próprios manifestantes anunciaram, esse é apenas o começo do que acontecerá nos próximos dias.  

Enquanto isso, uma petição on-line feita contra a suspensão do Parlamento já acumula nesta quinta-feira mais de um milhão e 200 mil assinaturas, menos de 24 horas após ser publicada no site oficial do governo.  

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De acordo com os regulamentos, o Executivo deve responder a qualquer reivindicação que exceda 10 mil assinaturas, enquanto o poder legislativo intervém quando existem mais de 100 mil.  

A oposição política no Parlamento, liderada pelo líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, busca, entretanto, maneiras de tentar impedir Johnson, apesar do pouco tempo disponível.  Corbyn, que acusou o primeiro-ministro de ter contornado as normas da democracia britânica, prometeu fazer todo o possível para impedir que o Reino Unido deixasse a UE sem um acordo.  

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É um insulto e uma ameaça à nossa democracia, disse Corbyn, que desafiou o chefe do governo conservador a submeter seus planos para o Brexit ao escrutínio público, através de uma eleição geral ou de um novo referendo.  

O chefe do Partido Democrata Liberal, Jo Swinson, também escreveu à rainha para expressar sua discordância com a decisão de Johnson, considerando-a antidemocrática.  Estamos em um momento crucial da história de nosso país, e nosso primeiro-ministro tenta arrogantemente impor um Brexit sem acordo, contra a vontade democrática, disse ele.  

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Por seu turno, o presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, considerou um ultraje constitucional, enquanto outros deputados, políticos locais e o público em geral se voltaram para as redes sociais para expressar sua indignação com a  decisão de Johnson, que alguns chamavam de ditador.  

O influente jornal britânico Financial Times publicou um extenso editorial no qual descreve a suspensão do Parlamento como uma afronta à democracia, enquanto exorta os legisladores a aprovarem um voto de censura contra o governo, e convocar uma eleição geral.  

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O terremoto político desencadeado por Johnson também afetou o Partido Conservador, com a renúncia do chefe dessa organização na Escócia, Ruth Davidson.  Segundo analistas, a decisão pode custar aos Conservadores pelo menos uma dúzia de assentos, caso as eleições sejam antecipadas.

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