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Talibã está a 70 km de Cabul, no Afeganistão, e EUA dizem que capital cai em 90 dias

Avanço talibã acontece após saída de tropas dos EUA do país; Washington mandou militares para retirar funcionários de embaixada em Cabul

(Foto: Jalil Ahmad/Reuters)
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Opera Mundi - O grupo fundamentalista islâmico Talibã segue avançando no Afeganistão após a retirada das tropas dos EUA e da Otan e conquistou nesta sexta-feira (13/08) uma capital de província situada a apenas 70 quilômetros de Cabul, capital e maior cidade do país, deve cair em até 90 dias.

Trata-se de Puli Alam, capital da província de Logar e que se junta a outras cidades importantes como Kandahar, segunda maior do Afeganistão, e Herat, que até junho abrigava uma base italiana integrante da missão da Otan.

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"Os talibãs controlam todas as instalações governamentais em Puli Alam. Não há mais combates neste momento, a maioria dos oficiais fugiu para Cabul", disse um vereador local, Saeed Qaribullah Sadat, à agência AFP.

Com isso, o grupo passa a ter 16 das 34 capitais de província afegãs. "Os talibãs estão avançando em muitas áreas, e as províncias de Zabul, Uruzgan e Maidan Wardak serão conquistadas em breve", afirmou à ANSA o porta-voz do grupo islâmico, Zabihullah Mujahid.

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A Organização do Tratado do Atlântico Norte fará uma reunião de emergência nesta sexta para discutir o avanço do Talibã e uma provável evacuação de seu pessoal remanescente no país.

Na quinta (12/08), Washington anunciou que vai enviar tropas a Cabul para auxiliar na evacuação de funcionários da embaixada norte-americana no país. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, que afirmou que a sede diplomática do país no Afeganistão vai permanecer aberta.

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O Talibã já comandou o Afeganistão de 1996 a 2001, até ser derrubado pela invasão americana - Washington acusava o grupo de dar proteção a Osama bin Laden, mentor dos atentados de 11 de setembro. No entanto, em duas décadas de presença militar no país, os EUA não conseguiram preparar as forças de segurança locais para lidar com o Talibã por conta própria.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o preço da ofensiva está sendo pago novamente por mulheres e crianças. "Cerca de 80% dos quase 250 mil afegãos obrigados a fugir desde o fim de maio são mulheres e crianças", disse a porta-voz do Acnur, Shabia Mantoo, em Genebra.

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Considerando desde o início do ano, cerca de 400 mil civis já foram forçados a abandonar suas casas, em um país que em 2020 já contabilizava 2,9 milhões de deslocados internos. 

Atuação dos Estados Unidos na região

No início de 2019, o então presidente republicano Donald Trump fechou um acordo para retirar tropas norte-americanas do Afeganistão, que estavam mobilizadas no país após uma invasão em 2001 sob a justificativa de combater "focos terroristas" após o atentado contra o World Trade Center, em 11 de setembro daquele ano. 

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O atual mandatário, o democrata Joe Biden, decidiu manter o pacto e anunciou a retirada dos soldados. Em entrevista recente, ele disse que "não se arrepende" da decisão porque os EUA treinaram os militares locais e que era hora de a política "se unir" para derrotar o Talibã.

Por sua vez, o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, acusou a saída "abrupta" dos norte-americanos como a principal causa do avanço dos grupos. O governo do Paquistão, que está na fronteira, também acusa os EUA de deixar "uma bagunça" após 20 anos de ocupação.

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De acordo com fontes políticas ouvidas pela AFP e pela Al Jazeera, negociadores em Cabul propuseram o "compartilhamento" de poder em troca do fim da violência no país. A ideia é que o Catar seja o mediador das negociações, mas ainda não há resposta dos líderes do Talibã.

(*) Com Ansa

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