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Tensões entre EUA e Turquia são muito sérias, afirma analista

"As tensões são muito sérias: os EUA sob liderança de Trump apostam em Israel como líder da região, mas a Turquia não concorda com isso, tendo ambições de ampliar sua influência no Iraque e na Síria, e os Estados Unidos estão obviamente resistindo a isso. Então temos um conflito se aprofundando", afirma cientista político Mikhail Smolin

Tensões entre EUA e Turquia são muito sérias, afirma analista (Foto: Esq.: Joshua Roberts - Reuters / Dir.: Umit Bektas - Reuters)
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Agência Sputnik - A Turquia aumentou radicalmente os impostos sobre vários produtos importados dos EUA. Cientista político russo avalia até onde poderão chegar as divergências entre os dois países.

Em resposta às sanções norte-americanas, a Turquia elevou drasticamente as taxas aduaneiras sobre várias importações dos EUA. Por exemplo, as taxas de importação sobre tabaco aumentam 60%, sobre o álcool — em 140%. As tarifas também foram aumentadas sobre automóveis, cosméticos, arroz, frutas e outras importações dos EUA.

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Na sexta-feira passada (10), o líder estadunidense Donald Trump anunciou ter autorizado o aumento das tarifas sobre o alumínio (para 20%) e aço (para 50%) importados da Turquia, causando uma desvalorização histórica da moeda nacional turca.

Nesta segunda-feira (13), o Banco Central da Turquia prometeu aos bancos nacionais que assegurará a liquidez por meio de reservas financeiras.

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Comentando as tensões entre os dois países, o cientista político Mikhail Smolin, lembrou que as relações se vinham agravando há muito, principalmente desde a tentativa de derrubar o líder turco na noite de 15 para 16 de julho de 2016. Para Smolin, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan acredita que o golpe teria sido orquestrado por Washington.

"As tensões são muito sérias: os EUA sob liderança de Trump apostam em Israel como líder da região, mas a Turquia não concorda com isso, tendo ambições de ampliar sua influência no Iraque e na Síria, e os Estados Unidos estão obviamente resistindo a isso. Então temos um conflito se aprofundando", disse o analista para o serviço russo da Rádio Sputnik.

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Apesar disso, opina Smolin, a Turquia não está pronta para sair da OTAN nem para romper as relações com os EUA.

"O mais provável é que [a Turquia] venha a balançar entre a Rússia e os Estados Unidos, com Erdogan jogando nas contradições. Ou seja, receber preferências tanto de Washington, quando este precisar da Turquia, como da Rússia, quando esta estiver interessada em apoiar a posição turca", opinou.

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Assim, o presidente turco não vai arriscar e manterá relações com ambos, os EUA e a Rússia, mas continuará defendendo seus interesses no Oriente Médio, concluiu o interlocutor da Sputnik.

As relações entre Ancara e Washington pioraram devido ao caso do pastor evangélico Andrew Brunson, detido pelas autoridades turcas ainda em 2016 por seus supostos laços com o movimento fundado pelo clérigo islâmico Fethullah Gulen, a quem Ancara acusa de orquestrar o golpe militar no país em 2016.

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No início de agosto, os Estados Unidos anunciaram a imposição de sanções contra o ministro da Justiça turco, Abdulhamit Gul, e o ministro do Interior, Suleyman Soylu, por supostamente terem "papéis de liderança" na prisão do pastor.

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